Tragédia

Enchentes na Bahia: número de cidades em estado de emergência sobe para 153

Segundo a Defesa Civil, agora são 661.208 pessoas afetadas em 165 cidades, com 33.247 desabrigados, 57.243 desalojados, 517 feridos e 25 mortos

Camila Souza/Governo da Bahia
Camila Souza/Governo da Bahia
Cidade de Gandú, uma das mais atingidas pelas enchentes

São Paulo – Dados divulgados nesta sexta-feira (31) pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) apontam que o número de municípios na Bahia em estado de emergência por conta das fortes chuvas dos últimos dias subiu de 151 para 153. Ainda segundo a Defesa Civil, agora são 661.208 pessoas afetadas em 165 cidades, com 33.247 desabrigados, 57.243 desalojados, 517 feridos e 25 mortos.

Até a divulgação deste boletim, são 14 municípios baianos que já registram óbitos: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).

Ontem à noite, o número de trechos de rodovias monitorados pela Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) havia subido para 54, e o fluxo de veículos na BA-263, entre as cidades de Vitória da Conquista e Itambé, tinha sido liberado nos dois sentidos.

Ausência de Bolsonaro na região das enchentes na Bahia

Em transmissão feita por redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro buscou justificar sua ausência na região afetada pelas enchentes na Bahia, afirmando que sua visita ao estado resultaria em mais gastos no cartão corporativo. “Se eu vou, criticam. Se eu não vou, criticam”, apontou.

Na mesma transmissão, Bolsonaro fez pouco caso da tentativa de ajuda argentina. “Que ajuda é essa? Dez homens”, questionou. O auxílio ferecido ao Brasil pelo país vizinho seria o envio de uma equipe do organismo chamado Cascos Blancos (Capacetes Brancos), que é vinculado ao Ministério das Relações Exteriores do país, com longa trajetória de atuação em situações de tragédias internacionais.

Pelo Twitter, o presidente adotou outro tom na quinta-feira (30), apontando que “o fraterno oferecimento” era “muito caro para o Brasil” e “aconteceu quando as Forças Armadas e a Defesa Civil já prestavam assistência local”.

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