Reação

Moradores da favela de Heliópolis, periferia de São Paulo, protestam contra a carestia

Marcha da Panela Vazia protesta contra o desemprego, a falta de renda e a fome que afeta milhares de famílias

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Moradores de Heliópolis foram às ruas denunciar governo Bolsonaro: desemprego e alta dos preços que aumenta a fome nas periferias

São Paulo – As ruas da favela de Heliópolis, a maior de São Paulo, foram tomadas na noite desta quarta (24) por um protesto contra a carestia. A Marcha da Panela Vazia é um grito de alerta contra o desemprego, a falta de renda e a fome que voltou a afetar milhões de pessoas em todo o Brasil, especialmente nas periferias.

Nas mãos, os moradores carregavam panelas vazias, velas, cartazes e faixas que com frases expressando a indignação com o caos social vivido pelo país. A culpa, avaliam os movimentos, é do projeto econômico ultraneoliberal conduzido pelo presidente Jair Bolsonaro e de seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Esta Marcha da Panela Vazia aqui em Heliópolis pode ser o início de uma modalidade interessante de mobilização a partir das periferias. Porque são muito importantes os grandes atos nas regiões centrais das capitais e cidades médias. Mas tem uma ansiedade das periferias de também protagonizar as mobilizações locais. Fomos muito bem recebidos em todo o trajeto da marcha. Então, foi muito emocionante”, afirma Raimundo Bonfim, diretor da Associação Nova Heliópolis, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e integrante da Campanha Fora Bolsonaro.

A caminhada partiu da rua da Mina, por volta de 18h30. Em seguida, percorreu várias ruas da favela de Heliópolis até a Igreja Santa Edwiges, onde foi encerrado com um ato ecumênico.


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Segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), realizada em dezembro de 2020, 116,8 milhões de pessoas passaram a viver em insegurança alimentar depois da pandemia da covid-19. Sendo que 43,3 milhões não têm acesso a alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada) e 19 milhões passam fome (insegurança alimentar grave). O desemprego atinge 14 milhões de pessoas.


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