Mobilização

Marcha contra a Fome denuncia insegurança alimentar e carestia

Em São Paulo, onde ato terminou com distribuição de alimentos, organizadores estimaram em até 20 mil o número de manifestantes

MTST
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Manifestantes foram às ruas de diversas cidades brasileiras contra políticas que aprofundam a fome no país. Marcha em São Paulo reuniu cerca de 20 mil pessoas

São Paulo – A Marcha contra a Fome, realizada ontem (13) em várias cidades, denunciou a insegurança alimentar no país e o aumento de preços de itens básicos para a população, como o gás de cozinha, além do fim de políticas públicas. Em São Paulo, por exemplo, após passeata que saiu da estação Paraíso do metrô, na zona sul, o ato terminou na praça da Sé. Houve distribuição de alimentos e ato ecumênico celebrado pelo padre Júlio Lancelotti (Pastoral do Povo de Rua) e pelo pastor Ariovaldo Ramos (Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito). No Rio de Janeiro, a mobilização ocorreu na praia do Leblon, também na zona sul.

Organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pela Frente Povo sem Medo, o ato contra a fome em São Paulo percorreu a avenida 23 de Maio, corredor que liga as regiões norte e sul da cidade. “Não aguentamos mais a miséria provocada pelo governo Bolsonaro. O alto custo do gás, da comida, a falta de auxílio emergencial e o fim do Bolsa Família jogam, cada vez mais, o povo na invisibilidade”, afirmaram os organizadores em redes sociais. Eles estimaram em 20 mil o número de manifestantes.

Inflação e cesta básica

O protesto ocorre em um momento de alta da inflação, que atinge itens básicos, como alimentos, gás de cozinha e energia, sem contar os combustíveis. Além disso, os preços dos produtos da cesta básica continuam subindo. Quem ganha salário mínimo, por exemplo, consome quase 60% da renda líquida com a cesta, de acordo com os cálculos feitos mensalmente pelo Dieese.

O MTST lembrou dos atos realizados ainda durante a ditadura contra a carestia. O Movimento do Custo de Vida (MCV), por exemplo, surgiu em 1978, a partir da articulação de mulheres em São Paulo. A origem se dá ainda em 1973, quando são organizados “clubes de mães” na periferia da zona sul paulistana. Com apoio da Igreja Católica, por meio das Comunidades Eclesiais de Base.


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