Comida em vez de armas

Campanha contra a fome entregará 8 mil marmitas em São Paulo

Com produtos de assentamentos do MST, campanha “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome” envolve 20 cozinhas comunitárias. Em Recife, serão doadas 13 toneladas de alimentos

João Zinclar/MST
João Zinclar/MST
Assentamento Milton Santos, no interior de São Paulo: produtos da reforma agrária para combater a fome

São Paulo – Desde ontem (28) e até a próxima segunda-feira (2), um total de 8 mil marmitas será distribuído em São Paulo para combater a fome. As marmitas levarão alimentos produzidos em assentamentos da reforma agrária, além de produtos in natura doados por organizações como Instituto Chão, Fruto Imperfeito e Fundo Agroecológico (FUA). A iniciativa é da Campanha “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A campanha remete à canção Gente, de Caetano Veloso. E o projeto envolve 20 cozinhas comunitárias na região metropolitana. Integra as comemorações pelos cinco anos do primeiro Armazém do Campo, instalado na capital paulista.

Rede permanente

“Já são mais de 20 cozinhas organizadas com as equipes que vão receber a doação do arroz do MST, o arroz orgânico que vem de Santa Rita, do Rio Grande do Sul, da cooperativa que é a maior produtora de arroz orgânico da América Latina, diz Carla Bueno, militante do MST e uma das coordenadoras da campanha.

“A gente espera construir uma rede permanente para seguir articulado nessa luta contra a fome na cidade”, acrescenta. Os organizadores afirmam que o sábado (31) será o “dia D” das doações, com entrega de marmitas na sede do Armazém.

Hoje, o MST entrega 13 toneladas de alimentos nas periferias da região metropolitana de Recife. E mil marmitas serão distribuídas para a população em situação de rua. As ações também celebram o Dia do Agricultor, ontem.


Leia também


Últimas notícias