Memória

Ricardo Carvalho ampliou a pauta dos direitos humanos e do meio ambiente

Biógrafo de dom Paulo, jornalista morreu neste domingo em São Paulo

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Ricardo Carvalho com dom Paulo: histórias de resistência

São Paulo – Morreu neste domingo (20), aos 73 anos, o jornalista, escritor e roteirista Ricardo Carvalho, identificado há décadas com a pauta de direitos humanos. Repórter desde os anos 1970, ele também escreveu o livro O cardeal da resistência – As muitas vidas de dom Paulo Evaristo Arns (Instituto Vladimir Herzog, 2013). Outra obra é O cardeal e o repórter (Global, 2010). Segundo os amigos, a causa da morte foi uma pancreatite.

Diretor do instituto, Ivo Herzog ressaltou o empenho de “Ricardão”, como o chamavam os amigos, em projetos de recuperação de memória, como o Resistir é Preciso. “Além da pauta da memória, um dos desbravadores pela luta em preservação do Meio Ambiente. Ou, como ele me disse na última quinta-feira, da Sustentabilidade”, escreveu.

Desde os anos 1970

Jornalista profissional desde 1974, Ricardo Carvalho foi repórter da Folha de S.Paulo, editor-chefe do programa Globo Repórter e diretor de Jornalismo da TV Cultura, além de diretor da produtora Argumento, que criou em 1985. A cartunista Laerte publicou mensagem lembrando que trabalharam juntos na editora Oboré, que se especializou em publicações na área sindical.

A deputada Luiza Erundina (Psol-SP) e o padre Júlio Lancellotti também se manifestaram em memória de Carvalho. “Grande jornalista e cineasta. Amigo de D Paulo. Amigo dos pobres e pequenos. Meu querido irmão”, escreveu o religioso.

Pauta ambiental

Especializado na área de meio ambiente desde os anos 1990, fez vários documentários e séries sobre o tema. Em 2017, ele dirigiu documentário sobre dom Paulo, que morreu no ano anterior.

“Ricardão, de tanto se preocupar com os outros e o mundo, tornou-se um dos primeiros repórteres especializados em Direitos Humanos e defesa do Meio Ambiente, o que o fez ficar muito próximo do dom Paulo, sobre quem escreveu dois livros e produziu um documentário”, escreveu o amigo e também jornalista Ricardo Kotscho.


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