Sem fake news

YouTube bane canal ‘Terça Livre’, do bolsonarista Allan dos Santos

Empresas bloquearam seus anúncios no canal, que sofria seguidas advertências da plataforma por discurso de ódio

Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado
Allan dos Santos é um dos investigados no inquérito sobre as fake news contra o Supremo Tribunal Federal

São Paulo – O YouTube baniu, na noite desta quarta-feira (3), o canal Terça Livre, do jornalista bolsonarista Allan dos Santos. O veículo foi removido da plataforma, que alega violação de regras por parte do comunicador.

O Terça Livre contava com 1,1 milhão de inscritos e já havia sofrido duas advertências por parte do YouTube, por conta dos conteúdos mentirosos. Um dos vídeos de Allan dos Santos apontava supostas fraudes nas eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Uma das regras do YouTube trata da “política de integridade da eleição presidencial” e dá advertências para vídeos que contêm alegações falsas sobre o processo eleitoral. O canal do bolsonarista também sofreu advertência da plataforma por conteúdo relacionado a “organizações criminosas violentas”. As violações levaram ao encerramento por parte do YouTube.

A decisão do YouTube foi comemorada pelo Sleeping Giants Brasil, que denuncia propagandas em veículos com discurso de ódio. “Depois de mais de 100 empresas bloquearem os seus anúncios após a nossa denúncia, o canal principal e reserva foram banidos. Essa é uma vitória de todos vocês”, publicou no Twitter.

Allan dos Santos é um dos investigados no inquérito sobre as fake news contra o Supremo Tribunal Federal. Ele também teve sua conta suspensa do Twitter, após determinação da Justiça. O bolsonarista também é investigado o processo de financiamento de manifestações fascistas e pró-ditadura que ocorreram em 2020.

Allan é um dos youtubers bolsonaristas que usam de informações privilegiadas, saídas de dentro do Palácio do Planalto, para alimentar seus canais. O tráfico de informações garantiu aos comunicadores informais do governo, um faturamento superior a R$ 100 mil por mês. 


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