Em memória

Combate à pobreza era bandeira de luta de Diogo Sant’Ana, ex-secretário de Lula e Dilma

Diogo morreu no dia 31 de dezembro, ao aos 41 anos, ao encostar em uma grade elétrica em uma praia de Florianópolis. Enterro foi realizado na manhã deste domingo no cemitério Gethsêmani, em São Paulo

arquivo pessoal / facebook
arquivo pessoal / facebook
Diogo ajudou a pensar a formatação de leis e de políticas públicas para implementar justiça social

São Paulo – A luta por justiça social e o combate à pobreza são as marcas da biografia do advogado Diogo Sant’Ana, que trabalhou na Liderança do PT no Senado e nos governos do Presidente Lula e da Presidenta Dilma. Diogo morreu no dia 31 de dezembro, aos 41 anos, ao encostar em uma grade elétrica em uma praia de Florianópolis. O enterro foi realizado na manhã deste domingo (3) no cemitério Gethsêmani, em São Paulo.

Em nota, o ex-presidente Lula disse: “O nosso futuro perde uma pessoa com inteligência, conhecimento, ética e comprometimento com as causas sociais, com um Brasil que precisamos reencontrar nesses tempos difíceis”. “A morte do companheiro Diogo Sant’Ana priva o Brasil de um dedicado militante da causa dos direitos humanos e um brilhante advogado”, afirmou Dilma, em nota.

Durante os governos de Lula (2003- 2010) e Dilma Rousseff (2011-2016), Sant’Ana trabalhou no gabinete da Presidência da República, na Secretaria Geral do Governo e na Casa Civil. “Ajudou a pensar a formatação de leis e de políticas públicas para implementar justiça social. Sua marca mais forte era a lembrança diária de nossa missão maior no Palácio do Planalto – melhorar a vida dos mais pobres deste país”, destaca o PT, em nota de homenagem a Sant’Ana.

“Nos governos Lula e Dilma (2003-2016) foram implantadas políticas públicas inovadoras para atendimento à população em situação de rua e aos catadores de materiais recicláveis”, afirmou o advogado, em artigo escrito em parceria com o ex-ministro Paulo Vannuchi, chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, de 21 de dezembro de 2005 a 31 de dezembro de 2010.

“Contar essa história não é apenas descrever um conjunto de ações de governo, mas principalmente, valorizar e preservar um método de governar, que combinou sensibilidade social, escuta constante e adaptação de linguagens para transformar demandas sociais prementes em instâncias de articulação eficientes”, afirmam ainda os dois colaboradores dos governos do PT no país.

Legado de Diogo Sant’Ana

“Diogo exerceu seu talento e sua liderança com ternura e cuidado, com respeito às divergências, mas afirmando com coragem os valores de justiça que definiram sua vida. Em tempos de cólera, seu legado e seu exemplo nos ajudarão a encontrar caminhos para uma política capaz de recolocar o Brasil num caminho de paz e esperança”, disse o PT, em nota.

“Sua partida tão precoce deixa dois filhos ainda pequenos, Gabriela e Caetano. É uma perda para a família, os amigos, o país. Os sonhos de Diogo seguirão conosco porque, como disse o poeta: “sonho que se sonha junto é realidade”, afirmou ainda o partido.