Sem punição

Desembargadores inocentam juíza com sentença de viés racista: ‘Má interpretação’

Para colegas do TJ-PR, cuja decisão foi unânime, em nenhum momento ela condenou ou aumentou a pena devido à cor da pele

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Segundo a juíza Inês, frase foi 'tirada de contexto'

São Paulo – A Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) arquivou processo disciplinar contra a juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba. Ela era acusada de racismo devido a uma sentença condenatória. As informações são do site Consultor Jurídico. A decisão ainda passará pelo Conselho Nacional de Justiça.

De acordo com o Conjur, a decisão foi unânime. Os 23 desembargadores que participaram do julgamento acompanharam o relator, José Augusto Gomes Aniceto. Eles consideraram que a juíza não condenou ou aumentou a pena em razão da cor da pela do réu. “Além disso, os desembargadores avaliaram que a polêmica gerada pela sentença se deu apenas por causa de uma má interpretação do texto”, diz ainda o site.

‘Em razão da sua raça’

A juíza escreveu na sentença que o réu “seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que se deve ser valorada negativamente”. Inês negou racismo e disse que a frase foi “retirada de um contexto maior”.

Leia mais: Racismo no Judiciário reflete senso comum e ‘imaginário’ brasileiro


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