São Paulo – Por determinação da Justiça de São Paulo, a Polícia Militar cumpre na manhã desta terça-feira (16) uma ordem de reintegração de posse em um terreno em Guaianases, na zona leste de São Paulo. A situação é tensa no local, já que os moradores alegam não ter para onde ir. Para tentar conter o avanço das retroescavadeiras, eles chegaram a atear fogo em alguns barracos como forma de protesto.

Além da truculência dos policiais, os moradores da ocupação, na localidade conhecida como Roseiral, reclamam da falta de assistência dos órgãos da prefeitura e do governo estadual.

A moradora Dania de Oliveira, integrante da Frente de Luta por Moradia (FLM), reclama que nenhum representante da Assistência Social ou da Saúde esteve no local para tratar das condições de abrigo dessas famílias após a desocupação. “A situação é ainda mais grave, por conta da pandemia de coronavírus. Sem ter onde morar, as pessoas ficarão ainda mais expostas à contaminação”, alerta a líder comunitária.

Segundo ela, o oficial de Justiça, quando questionado sobre para onde seriam levadas as famílias, afirmou que deveriam “voltar de onde vieram”. Os moradores foram notificados da reintegração há 15 dias, sem que nenhuma alternativa fosse apresentada.

O representante dos proprietários do terreno afirma que há um acordo para a construção de moradias populares no local. Mas os moradores afirmam que não foram cadastrados em nenhum programa habitacional.

Os moradores divulgaram um vídeo nas redes sociais para pedir ajuda e cobrar os seus direitos à moradia: