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Escritórios e concessionárias de São Paulo vão poder reabrir a partir desta sexta

Serviços não vão poder abrir ou fechar nos horários de pico na capital paulista, só poderão atender clientes durante quatro horas e com 20% da capacidade de lotação

GovSP
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Covas não cumpriu as metas que já havia alterado antes e ainda tirou do ar o site que permite o acompanhamento das ações

São Paulo – O prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (4) que os protocolos de reabertura dos escritórios e das concessionárias, para atendimento aos clientes, estão prontos e serão assinados ainda hoje. Ambos serão publicados no Diário Oficial de amanhã e passam a valer imediatamente.

Os serviços não vão poder abrir ou fechar nos horários de pico (entre 7h e 10h e entre 17h e 20h), só poderão atender clientes durante quatro horas diárias e no limite de até 20% da capacidade de lotação. As empresas devem manter distância entre as pessoas de ao menos 1,5 metro, providenciar demarcações e barreiras físicas, home office para mães com filhos pequenos e para pessoas de grupos de risco para covid-19.

As empresas também devem oferecer álcool gel, água, sabão e toalhas de papel, intensificar a limpeza dos ambientes e dos aparelhos de ar condicionado, garantir o uso de máscaras por clientes e funcionários, monitorar as condições de saúde dos trabalhadores e auxiliar a testagem para covid-19. Este último ponto enfrenta resistência das empresas, que não querem arcar com os custos.

“O próprio protocolo da Fecomércio incluiu a testagem dos funcionários. A prefeitura não inventou isso. Estamos falando de uma nova realidade. Para poder funcionar tem que respeitar esses protocolos. São custos que as empresas vão ter para poder funcionar. Seria como querer repassar o custo do 13º para a prefeitura”, disse Covas, em entrevista coletiva na tarde de hoje. No primeiro momento, os testes devem ser aplicados somente aos funcionários que apresentem sintomas.

Futuro incerto

Segundo Covas, a prefeitura recebeu 74 propostas de setores econômicos encaminhadas para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Destas, 42 eram para abertura na fase 2-laranja, do Plano São Paulo – em que a cidade está atualmente –, e 32 para fases posteriores. Porém, ainda não há definição de evolução da cidade para as próximas fases. “Não quero fazer exercício de futurologia. A expectativa é de que mantido os índices, o município possa ser classificado na fase 3-amarela ainda no mês de junho, mas isso não há como prever com exatidão”, afirmou.

Os índices a que Covas se refere são os utilizados pelo governo paulista para classificar as regiões no Plano São Paulo, que vai da fase 1-vermelha, em que só serviços essenciais podem abrir, até a fase 5-azul, com abertura total.

Os parâmetros atuais da cidade: a taxa média de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para atendimento de pacientes de covid-19, nos últimos sete dias, que deve estar entre 60% e 80% (a capital está com 73%, considerando leitos públicos e privados contratados); o número de leitos de UTI para covid-19 por 100 mil habitantes, entre 3 e 5 (a capital tem 22,45, considerando leitos públicos e privados); registro de novos casos, internações e mortes, que deve ter taxa de crescimento entre 1 e 1,5 (a cidade está abaixo de 1 em todos eles).

Em relação à ocupação de UTI e registros de novos casos, a cidade tem índices que a mantém na fase 2-laranja. No caso de número de UTIs disponíveis e de novas internações e mortes, a cidade já tem índices para avançar à fase 3-amarela pelas taxas de óbitos e internações. A capital paulista tem 205,4 mil casos suspeitos e 72.171 confirmados, 4.251 mortes suspeitas e 4.480 confirmadas. A taxa de ocupação de UTI é de 64% nesta quinta-feira.


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