#MulheresDerrubamBolsonaro

‘Ele Cai’: rejeição das mulheres a Bolsonaro volta a ganhar força nas redes

Divulgado no domingo (14), manifesto pelo impeachment do presidente já mobilizou mais de 30 mil mulheres de todo o país

Rovena Rosa/EBC
Rovena Rosa/EBC
"Precisamos tirar esse cidadão dessa cadeira que não pertence a ele", destaca idealizado do Mulheres Contra Bolsonaro

São Paulo – A maioria feminina que avalia negativamente o governo de Jair Bolsonaro, de acordo com pesquisas institucionais, mostra mais uma vez sua indignação com o presidente da República em novo movimento que cobra, dessa vez, pelo seu impeachment. No último domingo (14) teve início, em todo o país, a campanha #MulheresDerrubamBolsonaro

Com mais de 30 mil assinaturas só até esta segunda (15), o manifesto do Levante das Mulheres Brasileiras ganha novamente as redes sociais. Já no lançamento, o movimento ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter. E, após o #Elenão, o lema agora é “Ele Cai”. 

“As mulheres têm tantas razões para dizer ‘Ele Cai’ e usar a hashtag #MulheresDerrubamBolsonaro que não foi difícil juntar mulheres do país inteiro em torno desse grito. Se é verdade o que as pesquisas dizem que, entre as mulheres está o maior índice de rejeição ao Bolsonaro, então só faltava colocar isso para fora”, afirma a jornalista Patrícia Zaidam, uma das impulsionadoras do Levante das Mulheres em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, no Jornal Brasil Atual.

(Des)governo Bolsonaro

O manifesto chama a atenção para a “política do (des)governo Bolsonaro – que mata diariamente cerca de mil brasileiros por covid-19”. Além de “amplificar a necropolítica e o genocídio de jovens negros” e “aumentar a desigualdade e o empobrecimento da população, retirar direitos e fazer apologia à ditadura e ao fascismo”.

“Bolsonaro, com suas ações negacionistas, misóginas e racistas, amplia o sofrimento da população”, destaca um trecho do documento. O movimento ressalta que são as mulheres negras e pobres, trabalhadoras informais, domésticas e que estão na ponta dos serviços essenciais de saúde que têm sua condição agravada pelas dificuldades impostas por esse governo.

A publicitária Ludimilla Teixeira, idealizadora do Mulheres Unidas Contra Bolsonaro que, nas eleições em 2018 deu origem ao #Elenão, explica que o novo movimento é a forma mais direta de dizer que “precisamos tirar esse cidadão dessa cadeira que não pertence a ele. Um presidente da República precisa governar pensando em toda a população”, critica.

Impeachment e cassação

A mobilização busca pressionar a Câmara dos Deputados a colocar em andamento os processos que pedem o impeachment do presidente, assim como fazer com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) paute o julgamento das diversas ações que tramitam pela cassação da chapa Bolsonaro/Mourão. E convoca o Supremo Tribunal Federal (STF) a responsabilizar o presidente pelas mortes evitáveis de covid-19. 

O manifesto está aberto à adesão e pode ser assinado clicando aqui.