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Covas determina cortes de serviços na assistência social

Equipes que atuam em serviços de assistência social terão redução de 25% a 50% na jornada de trabalho, com consequente redução do atendimento

Secom/GovSP
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Covas desmontou a Covisa após repetidos posicionamentos do órgão contra a volta às aulas e a abertura de cinemas e teatros

São Paulo – O governo do prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), determinou a redução de jornada dos profissionais da assistência social que atuam em serviços que estão suspensos em meio à pandemia de coronavírus. Em documento encaminhado na quinta-feira (28), dirigido aos gestores de parceria da rede socioassistencial e às organizações da sociedade civil, a secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Bereneci Giannella, determinou a redução e até cortes de verbas dos serviços prestados.

A vereadora Juliana Cardoso (PT) criticou a medida e ressaltou que a redução atinge os serviços para a população mais vulnerável. Ela aponta ainda que a retirada de verba dos convênios não somente da Assistência Social, mas as pastas de Direitos Humanos e da Educação. “Enquanto fala em retomada da economia abrindo os estabelecimentos comerciais como shoppings, a gestão corta os convênios e parcerias com as entidades, que prestam serviços necessários e fundamentais para a população mais vulnerável. E ainda pedem para a população ficar de quarentena”, afirmou.

Segundo ofício da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, os profissionais com remuneração mensal até R$ 3.145,00 terão a jornada reduzida em 50%. Acima desse patamar, a redução será de 25%. A manutenção da renda dos profissionais será assegurada pela combinação de Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, do governo federal (Medida Provisória 936), com o repasse proporcional do salário restante pelo governo Covas.

Embora a medida garanta a maior parte dos vencimentos dos profissionais, deixa a população com menos atendimento disponível. Atendimento que já está sendo realizado de maneira remota, por telefone e aplicativos de mensagens. Somente casos urgentes são atendidos pessoalmente. Para Juliana a medida não se justifica pois o governo Covas dispõe de verbas. “Não faltam recursos. A Câmara Municipal aprovou remanejamento no orçamento de R$ 1,2 bilhões para a prefeitura no combate à pandemia”, afirmou.