Em São Paulo

Brasilândia recebe doação de 100 mil máscaras para conter coronavírus

Distrito, na zona norte de São Paulo, é o que tem o maior número de mortes causadas pela covid-19

Fernanda Sunega
Fernanda Sunega
Em São Paulo, epicentro do novo coronavírus no Brasil, uso de máscara contra a covid-19 é obrigatório nas ruas desde maio

São Paulo – Os moradores do distrito da Brasilândia, na zona norte, que concentra o maior número de mortes causadas pela covid-19 na capital paulista – 154 até a última quinta-feira (14) –, receberam hoje (19) 100 mil máscaras de proteção ao contágio pelo coronavírus. A campanha “Máscaras para a Brasilândia” foi lançada pela Rede Brasilândia Solidária e tem como público-alvo as famílias da região que se encontram em condições financeiras de extrema dificuldade.

As máscaras estão sendo distribuídas à população pelas 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da localidade, com orientações sobre a importância do isolamento social e do uso correto das máscaras, quando houver realmente necessidade de sair de casa. Entre 17 de abril e 14 de maio, a Brasilândia teve aumento de 185% no número de mortes pela covid-19 e, desde então, lidera as mortes na capital paulista.

Além da doação de máscaras, a Rede Brasilândia Solidária conta com a atuação de 20 costureiras voluntárias, que estão confeccionando máscaras para distribuir à população da região. A rede também recebe doações de tecidos e elásticos para a produção dessas máscaras.

Nascida na Brasilândia, a costureira voluntária Nadir Prospero, de 75 anos, conta um pouco da experiência no vídeo abaixo:

A Rede Brasilândia Solidária conta com mais de 200 voluntários e desde a segunda quinzena de março, encabeçada por lideranças locais, vem se constituindo em articulação importante com representantes da Saúde, Assistência Social, Segurança Pública, Cultura, Educação, entre outros. Qualquer pessoa ou organização pode participar do coletivo. “O momento deve ser de união e solidariedade”, pregam. A rede também recebe e distribui cestas básicas.

A rede reivindica espaços públicos para isolamento de pessoas assintomáticas ou que tenham sintomas leves, para acompanhar o estado clínico e evitar a contaminação de mais pessoas na Brasilândia. A testagem em massa também é outra pauta. O grupo também fixou 200 faixas nas ruas com mensagens de alerta e prevenção à população, além de também divulgar recomendações por carros de som.


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