Espalhada

Solidariedade: alimentos saem de assentamentos para bairros pobres e moradores de rua

Produtos entregues em áreas carentes vêm de regiões organizadas pelo movimento sem-terra

MST/Reprodução
MST/Reprodução
Produtos entregues na periferia de Goiânia: alimentação saudável

São Paulo – Nesta quarta-feira (1º), um mutirão levou alimentos em área periférica de Goiânia. Eram produzidos em assentamentos e acampamentos. Isso tem ocorrido em outras regiões do país, como em Recife, onde desde 24 de março moradores de rua recebem marmitas.

A ação na manhã de hoje na região noroeste da capital de Goiás foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao lado de Levante Popular da Juventude, Coletivo Quilombo e Brigada do Congresso do Povo. Vindos também do Centro de Formação e Produção Agroecológica Santa Dica dos Sertões, feijão, abobrinha, abóbora, quiabo, berinjela, banana, mandioca, almeirão, cebolinha, ovo caipira e mel foram distribuídos à população.

Em Recife, o Armazém do Campo, à beira do rio Capibaribe, se transformou em centro de solidariedade. Todos os dias, a população de rua do entorno recebe marmitas, em ação conjunta entre o MST e a Arquidiocese de Olinda e Recife.

Cuidados ao distribuir

“Com a diminuição da circulação de pessoas e o fechamento de bares e restaurantes, vimos essa necessidade”, diz Paulo Mansan, da direção estadual do movimento. “A solidariedade e o cuidado são as nossas ferramentas de enfrentamento durante essa pandemia”, acrescenta.

Segundo ele, o processo de produção e distribuição tem sido feito conforme recomendações das autoridades sanitárias. “Além de evitar a aglomeração de pessoas na hora da distribuição, todos nós usamos EPI (equipamento de proteção individual), como luvas e máscaras, além de esterilizar as superfícies com álcool e desinfetantes”, conta.

O MST também pôs à disposição do governo estadual o Centro Paulo Freire, voltado para cursos de formação e práticas educacionais. O local, no agreste pernambucano, tem 50 quartos, seis salas de aula e auditório com capacidade para 800 pessoas. O mesmo governo do estado deu ordem de reintegração de posse no ano passado, mas a ação foi suspensa após mobilização social.

O MST mantém seus Armazéns do Campo, comercializando produtos vindos de assentamentos e experiências de reforma agrária. Em São Paulo, por exemplo, funciona de segunda a sábado, das 11h às 17h, na Alameda Eduardo Prado, 499, Campos Elíseos, na região central.

O MST promove também feiras da reforma agrária, com produtos de todo o país. Em São Paulo, a quarta edição da feira, em 2019, não ocorreu por empecilhos do governo estadual.

Leia mais: Com o selo da reforma agrária


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