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Metrô confirma danos em trens e Linha-15 está paralisada sem previsão de volta

Usuários do monotrilho na Zona Leste de São Paulo terão de fazer o deslocamento entre as estações São Mateus e Vila Prudente pelo sistema emergencial de ônibus da prefeitura

Metrô e SMT-SP/Divulgação
Metrô e SMT-SP/Divulgação
População de parte da periferia paulistana passa a ter novo problema de mobilidade, com paralisação de monotrilho. Trens da M20 estouraram, indicando mau estado de componentes de segurança

São Paulo – A linha 15-Prata (Vila Prudente/São Mateus) do metrô de São Paulo seguirá paralisada por tempo indefinido, depois que testes detectaram danos em vários pneus dos trens do monotrilho que atende a Zona Leste da cidade. As falhas representam risco real de acidente. A inspeção foi convocada depois de ocorrências consideradas graves registradas na semana passada. Ônibus do chamado Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) vão fazer o transporte dos passageiros entre as duas estações.

Trabalhadores metroviários denunciam que o trecho tem apresentado uma sequência de falhas nos últimos dias, dentre as quais o estouro de um jogo de pneus da composição M20, na estação Jardim Planalto, às 6h40 da última quinta-feira (27); e uma rota de colisão entre um trem saíndo do pátio e outro que deixava a estação Oratório na manhã de sexta (28).

Em nota divulgada neste domingo (1º), o Metrô afirmou que a Bombardier, fabricante dos trens, constatou falha de funcionamento de um dispositivo de segurança. “(a inspeção) verificou que os dispositivos chamados Run Flat estão causando essa alteração. Esses dispositivos ficam nas rodas e garantem a movimentação do trem em casos de anormalidades, como pneus furados ou murchos.”

Os 23 trens e toda a estrutura que compõem a linha 15-Prata passarão por testes e o serviço não tem data para voltar. “Toda a frota, vias e sistemas passarão por rigorosa inspeção nos próximos dias, com acompanhamento dos funcionários do Metrô, para uma imediata solução que permita a retomada da operação”, afirmou a companhia.

Durante o período de interdição, o sistema Paese vai operar entre as estações São Mateus e Vila Prudente das 4h40 à 0h.

A Bombardier também emitiu comunicado à imprensa sobre o acidente de quinta-feira, a paralisação causada pelo mau funcionamento de componentes dos trens e seus impactos sobre parte da população da Zona Leste de São Paulo

Leia as íntregras das notas:

METRÔ:

Na última quinta-feira (27) um único pneu de um jogo de pneus do Trem do monotrilho da Linha 15-Prata se rompeu e o mesmo foi recolhido imediatamente para a manutenção. Ao longo dos testes realizados na linha neste fim de semana, o Metrô constatou a incidência de danos em outros pneus dos trens do monotrilho.

A fabricante Bombardier foi acionada imediatamente e verificou que os dispositivos chamados “Run Flat” estão causando essa alteração. Esses dispositivos ficam nas rodas e garantem a movimentação do trem em casos de anormalidades, como pneus furados ou murchos.

Para evitar que falhas como esta causem problemas que comprometam o funcionamento normal da linha e em medida de precaução para os cidadãos, a operação da Linha 15-Prata continuará paralisada nesta segunda-feira (2).

O Metrô está cobrando da Bombardier e do Consórcio CEML – que construiu a via – providências urgentes para a identificação da causa da ocorrência, a sua correção e que eles arquem com todos os prejuízos decorrentes desta paralisação junto ao Metrô de São Paulo.

Toda a frota, vias e sistemas passarão por rigorosa inspeção nos próximos dias, com acompanhamento dos funcionários do Metrô, para uma imediata solução que permita a retomada da operação.

O Metrô lamenta o transtorno causado e para minimizá-lo está disponibilizando gratuitamente ônibus do sistema Paese, que durante o período de interdição, vão realizar o trajeto entre as estações São Mateus e Vila Prudente, das 4h40 à 0h.

BOMBARDIER

A Bombardier informa que na quinta-feira (27), um pneu de um dos seus trens se rompeu durante a operação no monotrilho de São Paulo.

Devido ao ocorrido, foram adotadas algumas medidas preventivas, conforme já planejado e previsto para essas situações no sistema Monotrilho: uma redução de velocidade foi imposta e o trem impactado foi retido quando chegou à próxima estação.

Por excesso de cautela, recomendamos que o Metrô de São Paulo removesse a frota de 23 trens de serviço para que nossa equipe de especialistas do Canadá, pudesse realizar as inspeções necessárias.

Juntamente com nossos fornecedores de rodas e pneus, estamos trabalhando 24 horas por dia para inspecionar os trens, determinar a causa do incidente, desenvolver uma solução e apresentar medidas corretivas ao Metrô de São Paulo.

Entendemos o impacto que isso terá na comunidade de São Paulo e pedimos desculpas pelo inconveniente necessário. Agradecemos sua compreensão e cooperação, pois nossas equipes trabalham dia e noite para corrigir a situação em tempo hábil.

Embora nosso objetivo seja devolver os trens aptos para operação o mais rápido possível, a segurança é nossa prioridade número um.

Gostaríamos de tranquilizar os passageiros de que os trens do monotrilho do Metrô de São Paulo têm transportado passageiros com segurança e confiabilidade desde que o sistema foi inaugurado em 2014.


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