rio de janeiro

Lorenna Vieira, vítima de racismo no Itaú, vai processar banco

Empresária foi levada a prestar esclarecimentos por suspeita de fraude no 22º DP, após banco suspeitar de movimentação bancária dela

reprodução/Instagram
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A empresária Lorenna Vieira foi acusada de fraude e disse que vai processar o banco Itaú Unibanco por racismo

São Paulo – A empresária Lorenna Vieira vai processar o Itaú por racismo. Ela registrou boletim de ocorrência na manhã de hoje (31), na mesma delegacia em que foi levada após ser acusada de fraude em uma agência do banco Itaú Unibanco, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro.

Foi ao 22º Distrito Policial na companhia do marido, o DJ Rennan da Penha, e do advogado Cláudio Muniz e afirmou que vai processar o banco.

“Vou processar quem eu tiver que processar, não vou deixar isso passar. Não me deixaram tirar o meu dinheiro. Por que eu não posso receber bem? Por que não posso ter dinheiro? Por que não posso ganhar dinheiro com cosméticos?”, questionou Lorenna Vieira. A informação é do site Notícia Preta.

Lorenna Vieira acusa ter sido vítima de racismo e humilhação. “Foram me buscar num carro diferente e ainda debocharam e me desrespeitaram perguntando se eu preferia ir em outro carro (um veículo oficial Polícia Civil). Os três policiais que foram atrás de mim e falaram coisas que me machucaram eram brancos. Para mim isso não tem outra explicação a não ser o preconceito”, relatou. “Talvez deve ser por causa da cor dela, não sei. O procedimento que teve o banco, a postura da instituição foi muito desagradável”, apontou o advogado.

Ela denunciou o caso, inicialmente, nas redes sociais. Segundo a empresária, o problema teria começado por conta de ela estar com os cabelos naturais e na foto de seu RG estar com o cabelo alisado. “Eu só estou com o cabelo liso e expliquei isso. É só por causa do cabelo, eu não estou com outro nariz, não estou de lente, sou eu mesma, só o cabelo é que está diferente. Foi a mesma mulher quem abriu a minha conta e ela sabia que era eu, por isso, para mim, ela foi preconceituosa”, afirmou Lorenna Vieira.

Em nota, o Itaú Unibanco disse que “o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero”. “O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa”, continua o texto.

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