União pela resistência

Com Lula, grupo da comunidade judaica faz ato pela paz e contra o nazismo 

Evento será realizado nesta quinta-feira (30), no Sindicato dos Químicos de São Paulo. Encontro faz homenagem ao ex-presidente e denuncia crescimento da intolerância sob o governo Bolsonaro

Instituto Lula/Reprodução
Instituto Lula/Reprodução
Durante ato desta quinta, Coletivo Judias e Judeus com Lula entrega carta de apoio ao ex-presidente, com centenas de assinaturas

São Paulo – Um grupo da comunidade judaica se reúne com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (30), no Sindicato dos Químicos de São Paulo, na região central, para realização do Ato Paz contra o Nazismo, a partir das 19h. Ao lado de Lula, o grupo Judias e Judeus pela Paz e personalidades políticas denunciam o avanço do extremismo e da intolerância sob o governo Bolsonaro e apontam as perspectivas de resistência.

Desde novembro, a comunidade judaica negocia a entrega em mãos de uma carta de apoio ao ex-presidente, que leva centenas de assinaturas. O documento deu origem ao encontro desta quinta, que se mostrou de extrema importância diante do atual contexto político, como ressalta o professor  Jean Goldenbaum, do Centro Europeu de Música Judaica da Universidade de Hannover, na Alemanha, em entrevista ao jornalista Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual.

“Além de termos a celebração da libertação do campo de concentração (75 anos da libertação de Auschwitz), ocorreu o hediondo episódio do ex-secretário de Cultura (Roberto Alvim), que se relaciona diretamente com a questão do nazismo. Então, em parceria com o Instituto Lula e com apoio de diversas outras instituições, nós idealizamos esse evento, que não só terá a entrega oficial da carta, que é o centro do evento, mas também terá todo esse cunho de luta contra o nazismo”, explica.

Também participarão do encontro o ex-prefeito de São Paulo e ex-presidenciável Fernando Haddad, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, entre outras personalidades.

“Para nós, judeus da oposição, da resistência, fica muito evidente qual é o tipo de política do Jair Bolsonaro. Não é surpresa que ele se alinhe ao (primeiro-ministro de Israel Benjamin) Netanyahu, porque ambos estão na extrema direita. Ao mesmo tempo, esse alinhamento e toda essa amizade é algo virtual, não é algo que realmente traduz uma amizade com o povo judeu em si, tanto é que o crescimento do antissemitismo, no ano de 2019, é algo real no Brasil”, lamenta Goldenbaum.

Confira a entrevista na íntegra


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