Visibilidade trans

No palco, Coletiva Profanas transforma processo de transição não binário em arte

Encenando "Frutas e transgressões para tangerinas e cavalos marinhos ou PALESTINA LIVRE!", coletiva chama atenção para o mês da visibilidade trans. Apresentações neste sábado e domingo no Centro Cultural da Diversidade, em São Paulo

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Performance e peça teatral dialoga com o público sobre ocupação dos espaços por pessoas transexuais e travestis

São Paulo – Neste final de semana, a Coletiva Profana apresenta no Centro Cultural da Diversidade, em São Paulo, o espetáculo Frutas e transgressões para tangerinas e cavalos marinhos ou PALESTINA LIVRE!. A montagem, híbrida de performance e peça teatral, dialoga com o público sobre a ocupação dos espaços por pessoas transexuais e travestis. A apresentação é gratuita e será exibida a partir das 21h, no sábado (11), e às 19h, no domingo (12).

O espetáculo narra um corpo em transição de gênero, fazendo com que as histórias em torno desse processo tornem-se obras de arte. O texto é resultado dos estudos da mestranda em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP) Manfrin Manfrin, atriz, diretora e dramaturga de Frutas e transgressões.

O espetáculo, a priori, é uma grande provocação. Dentro da minha pesquisa do mestrado eu quero entender a desobediência como uma possibilidade de gênero identitário, nem homem, nem mulher. Como que dialogar com uma forma coerente ou não coerente com essas performatividades”, explica Manfrin em entrevista aos jornalistas Ana Rosa Carrara e Glauco Faria, da Rádio Brasil Atual.

Todo o trabalho reflete ainda a equipe diversa, composta por pessoas trans, não binárias e cis, e convida os espectadores para a construção de um olhar empático, como destaca a atriz que participa da direção cênica e da perfomance, Eme Barbassa.

“Esse espetáculo tem mesmo a intenção de ser uma peça didática, no sentido de convidar o público a ouvir vozes que nunca foram ouvidas (…) É importante frisar que a gente está passando por um momento de transição também, e as pessoas não necessariamente precisam saber ou entender sobre o que está acontecendo, mas se a pessoa sentar e assistir esse espetáculo, ela vai começar a abrir um pouco mais o horizonte dela, saber que essas pessoas existem”, destaca Eme.

A obra também chama atenção para o mês da visibilidade transexual e travesti, celebrado em 29 de janeiro. Na data, o espetáculo volta em cartaz no Sesc Ribeirão Preto, com oficina para a construção de dramaturgias a partir do uso de histórias pessoais.

Assista à entrevista na íntegra

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