Protesto

Ato contra aumento da tarifa do transporte reúne centenas em São Paulo

Mais de 500 pessoas de movimentos, trabalhadores e estudantes se reuniram em frente à prefeitura e caminharam até a Paulista contra aumento de tarifa

Elineudo Meira Chokito
Elineudo Meira Chokito
"Aumento da passagem em um contexto de desemprego e pobreza, é um ataque do prefeito e do governador à população"

Brasil de Fato – O Movimento Passe Livre (MPL), estudantes e trabalhadores realizaram um protesto, nesta terça-feira (7), em São Paulo (SP), contra o aumento nas passagens do transporte público. Aos gritos de “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar” e “4,40, o povo não aguenta”, o primeiro ato contra o aumento da tarifa percorreu parte da região central da cidade.

A partir de 1º de janeiro, as passagens de ônibus, metrô e trem na capital paulista aumentaram de R$ 4,30 para R$ 4,40. A integração entre os modais subiu de R$ 7,48 para R$ 7,65.

Gabriela Dantas, militante do MPL, critica o aumento e diz que o valor é insustentável. “Mais dez centavos na passagem em um contexto em que aumenta o desemprego, aumenta a pobreza, a população está passando dificuldade por conta do custo de vida, que só cresce, isso, de aumentar a passagem novamente, é um ataque direto do prefeito e do governador à população mais pobre”, afirma.

A mobilização começou com cerca de 500 pessoas, mas, ao longo do percurso, o número aumentou. Muitos trabalhadores que estavam esperando o transporte para voltarem para casa se uniram ao ato, que iniciou em frente à prefeitura e se dirigiu até a Avenida Paulista.

Para Moacir Gonçalves, trabalhador do Hospital das Clínicas, a manifestação é um ato de resistência da população de São Paulo. “É um jeito de você chamar a atenção para o transporte. A gente tem que discutir quais os custos, como é feito o aumento da tarifa. E ninguém sabe. Ninguém teve coragem de abrir a questão dos custos do transporte”, afirma, criticando os atuais governantes e outras gestões. Morador do Grajaú, na zona sul da capital, ele relata que no próximo dia 15 um protesto também está marcado no seu bairro.

O impacto na educação também foi lembrado pela integrante do MPL. Gabriela Dantas afirma que a redução nos benefícios do passe livre e do passe estudantil vem impactando os estudantes. “Se você não tem dinheiro para pagar a passagem para chegar até a escola, na prática você não tem direito à educação”.

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