BASTA DE VIOLÊNCIA

Performance ‘Um violador em seu caminho’ será apresentada em Goiânia na terça-feira

Coreografia criada pelo grupo chileno Lastesis continua crescendo. Ato na capital de Goiás integra programação de jornada de Direitos Humanos

reprodução: esquerda diário
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Mulheres na Cinelândia: performance foi criada para o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, em 25 de novembro, e já ganhou representações em Nova York, Paris, Barcelona, Berlim, Bogotá, Madri, entre outras

São Paulo – As mulheres de Goiânia vão dar seu apoio à luta das mulheres chilenas contra a opressão na terça-feira (10) com a coreografia Um violador em seu caminho, que será apresentada às 16h na Praça Universitária, com a coordenação do Bloco Não É Não.

A performance, criada pelo grupo feminista chileno Lastesis, de Valparaíso, recebeu uma impactante versão na quarta-feira (4), com um grupo de mais de 1 mil mulheres maiores de 40 anos, em frente ao Estádio Nacional, em Santiago, no Chile.

No mesmo dia, o ato foi realizado em São Paulo, no Largo da Batata, zona oeste da cidade, onde 100 mulheres de olhos vendados bradaram “O estado opressor é racista e estuprador”. Também na quarta, mulheres na Cinelândia, no Rio de Janeiro, reproduziram o ato, em apoio à luta das mulheres chilenas.

“A coreografia Um violador em seu caminho está crescendo a cada dia. O ato protesta contra a cultura do estupro, do feminicídio e da culpabilização da vítima. Basta de violência contra a mulher”, escreveu a deputada federal Natália Bastos Bonavides (PT-RN), nas redes sociais, neste sábado, quando a performance foi realizada também em Porto Alegre.

A performance foi criada para o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, em 25 de novembro, e já ganhou representações em Nova York, Paris, Barcelona, Berlim, Bogotá, Madri, Sydney, Istambul e Cidade do México, entre outras.

A performance expõe as violações sexuais cometidas pelas forças de repressão do Estado chileno nas manifestações desde outubro, e rapidamente repercutiu pelo mundo, tornando-se um hino contra a violência de gênero.

Além das vendas nos olhos, que são uma referência aos manifestantes que perderam as visões pelas bombas e balas atiradas pelos policiais, a coreografia inclui gestos de agachamentos, práticas que foram exigidas pelos policiais nas detenções das últimas semanas no país.

O ato de Goiânia, na terça, está previsto na programação da a 3ª Jornada Goiana de Direitos Humanos, realizada pelo Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino, de 9 a 15 de dezembro.

Com o lema “Organizar a luta, defender a vida”, um ponto alto da jornada será a Conferência Magna com o escritor Frei Betto, dia 9, às 19 horas, no auditório do Centro Cultural da UFG, na Praça Universitária, em Goiânia.

Confira o ato em São Paulo:

Com Portal GGN

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