41ª Edição

Prêmio Vladimir Herzog homenageia jornalismo comprometido com direitos humanos

Reportagem da Rádio Brasil de Fato sobre os 30 anos da morte de líder seringueiro Chico Mendes recebeu menção honrosa na categoria Áudio

Reprodução/TVT
Reprodução/TVT
Jornalistas foram até o seringal de Xapuri para retratar o legado de Chico Mendes, 30 anos após a sua morte

São Paulo – O prêmio jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos foi entregue nesta quinta-feira (24) a profissionais da imprensa que se destacaram no último ano com reportagens que tratam da luta pelos valores democráticos. A 41ª edição teve recorde de inscrições, o que demonstra a importância do papel dos jornalistas para denunciar violências, perseguições e abusos que continuam afligindo a sociedade brasileira. A cerimônia foi realizada no anfiteatro Tucarena, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na zona oeste da capital paulista.

A reportagem Chico Mendes, a voz que não cala, sobre os 30 anos da morte do líder seringueiro, produzida pelos jornalistas Sarah Fernandes e Danilo Ramos, para o Rádio Brasil de Fato – parceira da TVT e da Rádio Brasil Atual – recebeu menção honrosa na categoria Produção Jornalística em Áudio.

Em entrevista ao repórter Jô Miyagui, para o Seu Jornal, da TVT, Ramos conta que eles ficaram cerca de 10 dias no Acre, entre a reserva extrativista que homenageia o líder seringueiro, em Xapuri, e a capital do estado, Rio Branco, para mostrar  como vivem as populações de ribeirinhos e seringueiros, trinta anos depois do assassinato de Chico Mendes.

Ele destacou o papel do jornalismo voltado aos direitos humanos. “No Brasil, ainda existe um longo caminho para a consolidação de direitos, que a gente tinha como já consolidados e que são fundamentais numa democracia. O papel do jornalista é de suma importância nisso para mostrar esses abusos principalmente contra os direitos das minorias.”

O presidente do conselho do Instituto Vladmir Herzog, Ivo Herzog, filho do jornalista morto no DOI-Codi em 1975, diz que o prêmio busca valorizar o trabalho daqueles profissionais que se arriscam para apurar histórias de violência e de violações dos direitos humanos. “Em tese, seria um prêmio para desaparecer, se as coisas tivessem melhorando. Infelizmente, a cada ano a gente está vendo mais inscrições.”

Ele também destacou a vida do seu pai, dedicada a democratização da comunicação, que recentemente foi tema de uma ocupação no Itaú Cultural.

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