Mobilização

Frente Parlamentar em Defesa da Mulher é criada em São Paulo. ‘Erradicar a violência’

Inciativa da deputada estadual Beth Sahão (PT), frente na Alesp quer contribuir para igualdade de gênero e o combate à violência contra a mulher, que faz uma vítima a cada quatro minutos 

Alesp/Comunicação
Alesp/Comunicação
"Que nós busquemos a igualdade de gênero e possamos erradicar a violência", destaca deputada no lançamento da Frente com diversas representantes e entidades

São Paulo – Com objetivo de criar políticas públicas para combater os crescentes casos de feminicídio, foi lançada na quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a Frente Parlamentar em Defesa da Mulher. O trabalho é uma iniciativa do mandato da deputada estadual Beth Sahão (PT), que ressalta ser preciso cada vez mais criar mecanismos para acabar com a violência contra a mulher, que cresce exponencialmente em todo o país.

De acordo com o apurado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), em contraponto a outros dados criminais, o homicídio doloso – quanto há intenção de matar – de mulheres cresceu na comparação com 2018, quando, entre janeiro e julho, 71 mulheres foram assassinadas. No mesmo período em 2019, no entanto, o número de vítimas subiu para 227 sendo que, desse total, apenas 37 casos foram tipificados em delegacias como feminicídio, quando a vítima é assassinada pelo fato de ser mulher.

“Nosso procedimento será um trabalho mais direcionado na busca de resultados que, para nós, será exatamente fazer com tenhamos um estado e um país onde homens e mulheres tenham os mesmos direitos, que nós busquemos a igualdade de gênero e possamos erradicar a violência”, destaca a deputada em entrevista à repórter Nahama Nunes, da Rádio Brasil Atual. A Frente Parlamentar conta com o apoio de entidades e movimentos sociais.

Nesta semana, dados do Ministério da Saúde e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) também confirmaram um aumento no número de casos de violência contra a mulher. Para Beth Sahão, isso só reforça a necessidade de mecanismos como as casas de acolhimento às vítimas e do atendimento ininterrupto nas Delegacias Mulher, projeto de sua autoria, vetado pelo governador João Doria (PSDB). Hoje, o Brasil responde como o quinto país do mundo com maior taxa de feminicídio.

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