'Barbárie'

Psol entra com ação no STF contra Wilson Witzel por estímulo à violência

Partido exige que governador do Rio de Janeiro se abstenha de participar diretamente de ações policiais e apresente programa de combate a homicídios, que alcançaram recorde no início de sua gestão

Tomaz Silva/ABr
Tomaz Silva/ABr
Míssil, helicóptero e tiro "na cabecinha": Witzel promove "barbárie" na Segurança Pública do Rio, segundo o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ)

São Paulo – O Psol protocolou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (17) contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por declarações de estímulo à violência e para que se abstenha de participar diretamente de ações policiais. A chamada Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) também pede que o governador apresente um programa de Segurança Pública com o objetivo de reduzir o número de homicídios no estado.

Na última sexta-feira (14), Witzel sugeriu lançar um míssil contra a comunidade Cidade de Deus, na zona oeste da capital fluminense, após a divulgação de imagens de homens armados circulando pela região. “Se fosse com autorização da ONU, em outros lugares do mundo, nós teríamos autorização para mandar um míssil naquele local e explodir aquelas pessoas”, declarou o governador.

Para o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), Witzel promove a “barbárie” na segurança pública do estado. “Uma postura absolutamente fascista e irresponsável”, diz, em vídeo divulgado pelo Seu Jornal, da TVT. Para exemplificar a falta de políticas de segurança pública pelo governo do estado, Freixo cita os 434 homicídios cometidos no Rio de Janeiro só no primeiro trimestre, maior número desde que o Instituto de Segurança Pública (ISP) realiza o levantamento, há 21 anos.

No mês passado, Witzel participou e divulgou imagens de uma operação em que policiais atiravam de um helicóptero contra comunidades pobres em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio. Ainda durante a campanha, ele disse que usaria que atiradores de elite e que estes atirariam “na cabecinha” de indivíduos que, na interpretação destes atiradores, estivessem ostensivamente portando armas.

Assista à reportagem do Seu Jornal

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