"Em breve"

Graziano espera Lula livre para auxiliar no combate à fome no mundo

De saída da agência das Nações Unidas que trata de alimentação e agricultura, diretor-geral da FAO destaca que o Programa Fome Zero serviu de inspiração para inúmeros países

Pier Paolo Cito/FOA
Pier Paolo Cito/FOA
Após sete anos, Graziano deixa o comando da FAO nas mãos do chinês Qu Dongyu

São Paulo – Em um dos seus últimos discursos como diretor-geral da FAO, a agência das Nações Unidas que trata de alimentação e agricultura, José Graziano disse esperar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja muito em breve “em condições” para novamente auxiliar na luta pelo combate à fome no mundo.

Durante 41ª Conferência da FAO, a última presidida por ele após dois mandatos à frente do organismo, Graziano afirmou que Lula, pela liderança e exemplo, demonstrou que, com estratégias políticas claras, é possível reduzir rapidamente a incidência da fome, e destacou que o Programa Fome Zero – implementado durante o primeiro governo Lula, que depois se desdobrou no Bolsa Família, dentre outras ações – serviu de inspiração para diversos países do mundo.

“Lula mostrou ao mundo que o compromisso e a liderança são estratégias claras para que nações possam rapidamente reduzir suas incidências de fome. E que, fazendo isso, eles podem acelerar a redução das desigualdades”, afirmou. Ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome entre 2003 e 2004, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Graziano foi responsável pelo Programa Fome Zero. Foi eleito para assumir o comando da FAO em junho de 2011, assumindo o cargo no início do ano seguinte. Candidato único, Graziano foi reconduzido ao cargo com votos de 177 dos 182 países, em 2015. Agora será substituído pelo chinês Qu Dongyu, que assume o comando organização a partir de 1º de agosto.

Os participantes da conferência também foram recebidos pelo papa Francisco, que agradeceu “de coração” o trabalho realizado por Graziano,  mas destacou que o combate à fome permanece como um desafio. “A falta de alimento e de água não é um assunto interno e exclusivo dos países mais pobres e frágeis, mas diz respeito a cada um de nós. Todos estamos chamados a escutar o grito desesperado de nossos irmãos”, disse o pontífice.

 

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