Letalidade policial

Em cinco dias, 13 pessoas são mortas durante operações policiais no Rio

Só no complexo de favelas da Maré, número de mortos chegou a oito nesta segunda. ONG denuncia uso de helicópteros e violação dos direitos humanos por parte dos agentes públicos

EBC

Ao menos 434 pessoas foram mortas em intervenções da polícia, apenas nos primeiros 100 dias do governo Witzel

São Paulo – Pelo menos 13 pessoas morreram em operações policiais realizadas em três comunidades da cidade do Rio de Janeiro, nos últimos cinco dias. Só no complexo de favelas da Maré, na zona norte, nesta segunda-feira (6), o saldo de mortos chegou a oito, deixando ainda três pessoas feridas, entre elas uma criança.

Outros quatro homicídios foram registrados durante operação policial no Morro do Borel, na Tijuca, na zona norte, e uma morte também foi confirmada na Rocinha em decorrência de um tiroteio com a polícia. Ao Seu Jornal, da TVT, a coordenadora da ONG Redes da Maré, Lidiane Malanquini, denunciou as mortes como resultado da “violação de direitos” por parte dos agentes de segurança pública.

De acordo com Lidiane, a ação na Maré contou ainda com um helicóptero sobrevoando a região e disparando tiros. “Oito pessoas foram mortas em menos de duas horas de operação, e a Polícia Civil fala que essa foi uma operação de sucesso. Uma operação de sucesso tem que garantir a vida e os direitos de quem mora aqui”, contesta a coordenadora.

Sob o governo de Wilson Witzel (PSC), a letalidade policial no Rio já é considerada a maior dos últimos 20 anos. Só no primeiro trimestre, foram registradas 434 mortes em decorrência de intervenção da polícia.

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