#MinhaPesquisaMinhaBalburdia

Após ministro chamar universidades de ‘balbúrdia’, pesquisadores reagem

Pesquisadores relatam suas experiências e contribuições nas redes após Abraham Weintraub, ministro da Educação de Bolsonaro, afirmar que universidades brasileiras 'promovem balbúrdia'

Reprodução/Twitter

São inúmeros relatos de estudos complexos e notáveis em contraponto ao preconceito do ministro da Educação, Abraham Weintraub

São Paulo – Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciar uma política de cortes no orçamento da pasta, pesquisadores, estudantes, professores e outros profissionais da educação se levantaram em oposição. Ao cortar 30% das verbas das 60 universidades federais e 40 institutos federais, o escolhido do presidente, Jair Bolsonaro (PSL), disse que instituições de ensino no Brasil “promovem balbúrdia”.

A reação ao desconhecimento, ou má fé, do ministro fez com que pesquisadores levantassem no Twitter a hashtag #MinhaPesquisaMinhaBalburdia. São inúmeros relatos de estudos complexos e notáveis para a comunidade científica e que beneficiam toda a sociedade. “Estes tuítes são a coisa mais bonita e triste que você vai ler hoje”, disse uma usuária da rede social.

“Já fiz pesquisa básica em arteriosclerose (causa de doenças cardiovasculares) em obesidade e adição ao etanol. Na minha última pesquisa clínica, mostrei que a desnutrição e a insegurança alimentar aumentam a hospitalização de pessoas vivendo com aids”, contou a internauta Juliana Lauar (@JulianaLauar).

As pesquisas são as mais diversas com temas de impressionante relevância. A tentativa do ministro do Bolsonaro de diminuir o trabalho de muitos brasileiros interessados em melhorar a vida de outras pessoas não pegou bem para o governo.

A física médica Fernanda de Moraes (@hansenmoraes) continuou a hashtag. “Estudo neurociências e como as dobras do cérebro se alteram com algumas doenças. Esperamos um dia entender as doenças que alteram nossa estrutura cerebral e desenvolver diagnóstico precoce.”

“Já apresentei minha balbúrdia na Sorbonne (universidade francesa de referência em todo o mundo), com financiamento e ajuda de custo deles. Uma sala cheinha de gente querendo ouvir sobre estratégias para transformar o direito e a política em enfrentamento à violência de gênero (que não existe rs)”, ironizou Yasmin Curzi (@yasmincurzi).

Veja alguns dos relatos:

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