Tiros no Rio

Vítima de ataque de soldados no Rio de Janeiro continua internada

O catador de sucata Luciano Macedo, atingido por três tiros, precisa passar por cirurgia. Sua mulher está grávida de cinco meses

ONG Rio de Paz

Manifestação de protesto contra violência no Rio, com o carrinho que era usado pelo catador Luciano em seu trabalho

São Paulo – O catador de sucata Luciano Macedo, de 28 anos, segue internado no Hospital Carlos Chagas, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele também foi alvejado por soldados do Exército no domingo 7, no ataque que atingiu o músico Evaldo Rosa e sua família, depois que o carro em que estavam foi alvejado por pelo menos 80 tiros. Evaldo morreu na hora.

Durante a tarde de hoje (15), circularam informações nas redes sociais sobre a morte de Luciano, que tentou ajudou Evaldo. Mas o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, informou que ele está vivo, embora com estado de saúde “delicado” e necessitando de cirurgia. 

Sem atendimento por parte do poder público, a mulher de Luciano, Daiane Horrara, de 27 anos, está no quinto mês de gravidez. Ela está sendo amparada pela Rio de Paz. A ONG informou que o catador precisa ser transferido de hospital, para se submeter a uma cirurgia urgente no pulmão. Ele levou três tiros nas costas.

Até agora, as autoridades têm colecionado declarações infelizes sobre o caso. O Comando Militar do Leste e o ministro da Justiça, Sergio Moro, trataram o caso como “incidente”. O governador Wilson Witzel disse que não poderia fazer “juízo de valor”, enquanto o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “o Exército não matou ninguém” e que a responsabilidade pelo “incidente” estava sendo apurada.

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