nas prefeituras

Sem-teto de seis cidades paulistas protestam por falta de políticas de moradia

Em dia de luta dos movimentos por moradia, diversas frentes de luta citam descaso das gestões estadual e municipais com o problema e reivindicam investimentos em programas sociais

TVT/Reprodução

“Aqui na cidade de São Paulo existe muitos prédios sem função social, é a cidade da propriedade”, diz uma das manifestantes

São Paulo – “O governo do estado e a prefeitura não estão construindo moradias, então hoje é um dia luta para cobrar investimentos na produção de novas moradias”. Assim definiu a coordenadora da União do Movimentos de Moradia (UMM), Maria das Graças Xavier, sobre a manifestação realizada por diversas frentes de luta por habitação popular, nesta quarta-feira (24), no centro da cidade de São Paulo, e em frente às prefeituras de Osasco, Carapicuíba, Suzano, Ribeirão Preto e Santos. 

Em ato, os movimentos cobraram a retomada de investimentos e dos programas de moradia que contemplem a população de baixa renda que, de acordo com os manifestantes, desde a implantação do programa federal Minha Casa, Minha Vida, vem sendo deixados de lado pelas esferas estadual e municipal mesmo após a paralisação da iniciativa desde o governo de Michel Temer. 

“Aqui na cidade de São Paulo existe muitos prédios sem função social, é a cidade da propriedade. Então é um direito nosso, sim, reivindicar esses prédios vazios, sem função (social), e trazer ele para o movimento de moradia, porque você sabe, tem muita gente que precisa morar dignamente”, defende a autônoma Vera Lúcia Dias Padilha ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT.

Pelas redes sociais, o movimento denunciou a falta de habitação como um “problema explosivo”, com reflexos não apenas na cidade de São Paulo, mas também em outros municípios diante do que consideram omissão do Estado nas políticas públicas. “O povo pobre não tem acesso ao direito à moradia. Vive em favelas, que se multiplicam nas periferias, nas ruas, áreas de risco, pendurado em bolsa aluguel, em cortiços, loteamentos clandestinos ou ocupações”, descreve o UMM. 

Os manifestantes também criticam a parceria público-privada (PPP) de Habitação, lançada pelo prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), e defendem uma parceria pública-popular para dar conta das demandas por moradia pela população de baixa renda. “(Quando) se constrói por meio de construtora, você não vai atender família pobre, você atenderá família de classe média alta, porque tem condição de pagar”, explica o coordenador dos Movimentos de Moradia da Região Central, Nelson da Cruz Souza.

Assista à reportagem

Confira fotos das manifestações em outras cidades 

UMM SPAto em Rib. Preto
União dos Movimentos de Moradia (UMM) saiu às ruas de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para protestar
UMM SPAto em Osasco
Ato em Osasco, região metropolitana de São Paulo, também cobrou por políticas de habitação popular por parte do governo
UMM SP Atos em Carapicuíba
Manifestantes do UMM também se reuniram em Carapicuíba, em frente ao gabinete do prefeito

 

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