Em São Paulo

Aula pública expõe ameaças na ‘reforma’ da Previdência de Bolsonaro

Organizada pela Frente Povo Sem Medo, atividade apresentou à população, nesta quarta (17), os riscos contidos no projeto do governo. E debateram alternativas

Roberto Parizotti/CUT

Atividade integra “Jornada em defesa da aposentadoria”. Próxima aula está marcada para 8 de maio, no Largo da Batata

São Paulo – A Frente Povo Sem Medo realizou uma aula pública para debater as ameaças da “reforma” da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. A aula, realizada nesta quarta-feira (17) na Ladeira da Memória, região central da cidade de São Paulo, integra a “Jornada em defesa da Aposentadoria” organizada pela entidade.

Aproveitando o fluxo de trabalhadores que passavam pelo local após o horário comercial, foram distribuídas cartilhas com explicações sobre as principais mudanças previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, como destaca um dos membros da Frente, Moisés Ribeiro em entrevista à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual. “A ideia é que os trabalhadores entendam o que significa (a PEC) e não deixem que os bancos saiam ganhando porque, no fundo, é isso que representa essa reforma”, afirma.

Uma das responsáveis pela aula, a professora de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Camila Ugino, também falou sobre alternativas ao que vem sendo proposto pelo governo Bolsonaro. Medidas que não passam pela retirada de direitos da população e que ainda assim visam a questões de longevidade, além das novas dinâmicas do mercado de trabalho que afetam a questão previdenciária.

“A gente precisa voltar a crescer, sem dúvida nenhuma, gerar emprego, renda, consumo, isso tudo tem que acontecer, mas a reforma tende a piorar esse quadro”, destaca Camila. “A pergunta que a gente, população, deveria fazer é se a reforma da Previdência garantirá a sustentabilidade fiscal. Porque o governo fez uma conta de R$ 1 trilhão em 10 anos, ou seja, R$ 100 bilhões por ano, mas não mostrou para ninguém como essa conta foi feita”, critica.

A próxima atividade da “Jornada” está prevista para 8 de maio, no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo.

Ouça a reportagem da Rádio Brasil Atual

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