busca de um lar

Campanha no Rio Grande do Norte estimula adoção de adolescentes

Projeto 'Eu Existo', da Corregedoria de Justiça, busca dar voz às crianças mais velhas e que aguardam uma nova família

REPRODUÇÃO/TVT

‘A ideia do projeto é mudar o perfil preferencial de quem quer adotar e fazer as crianças serem vistas’, explica desembargadora

São Paulo – A busca ativa de pais para adoção de crianças e adolescentes que estão em instituições de acolhimento tem suscitado campanhas e iniciativas. No Rio Grande do Norte, o projeto Eu Existo busca auxiliar os jovens que se encontram fora do perfil normalmente escolhido pelos adotantes.

O projeto da Corregedoria de Justiça do Rio Grande do Norte, lançada em 2018, busca dar voz a crianças que aguardam a adoção. “A ideia é mudar o perfil preferencial de quem quer adotar e fazer essas crianças serem vistas”, explica a desembargadora geral de Justiça, Maria Zeneide Bezerra, ao jornal Tribuna do Norte.

Nos videos publicados pela campanha, os jovens falam um pouco sobre si, seus sonhos para o futuro e o que esperam da nova família. Brena Gabriela, de 14 anos, está há um ano no orfanato. “Eu quero ser médica ou veterinária, porque gosto de cuidar dos outros. Da minha família, eu espero amor, carinho, felicidade, dou tudo pela minha família”, contou ela.

Ao programa Bom Para Todos, da TVT, a psicoterapeuta Jadete Calixto, autora do livro Reflexões sobre o tempo de espera: preparando a família para a adoção, relatou sua experiência no auxílio aos pais que querem adotar. “Quando eu comecei a participar do grupo de apoio à adoção, percebia que se falava muito da parte jurídica e pouco, da emocional. Nós criamos uma forma diferente de trabalhar, preparando as pessoas para esse processo.”