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Juca Kfouri recebe a ativista indígena Sonia Guajajara no ‘Entre Vistas’

Sonia foi a primeira mulher indígena a concorrer à vice-presidência da República, em chapa formada com Guilherme Boulos, pelo Psol

reprodução/facebook

‘Sonia Guajajara sempre foi assim ativa, sapeca, inteligente’

São Paulo – Primeira mulher indígena a concorrer à vice-presidência do Brasil, Sonia Guajajara é a entrevistada de hoje (8), às 22h, do programa Entre Vistas, da TVT. Ela foi candidata na chapa com o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, pelo Psol. A maranhense é do povo originário Guajajara/Tentehar, que habita a Terra Indígena Arariboia.

“Sonia Guajajara sempre foi assim ativa, sapeca, inteligente”, afirma a ativista nascida em 6 de março de 1974. Batizada como Sonia Bone de Souza Silva Santos, prefere ser chamada pelo nome de seu povo, como de costume entre muitos povos originários. Em sua biografia, um pouco de sua história. “Filha de pais analfabetos, deixou suas origens pela primeira vez aos 15 anos, quando recebeu ajuda da Funai para cursar o Ensino Médio em Minas Gerais.”

De volta ao Maranhão, se formou em Enfermagem e fez pós-graduação em Educação Especial. “Ela iniciou sua luta muito cedo”, conta sua prima, Cintia Guajajara. “Mostrou para nós o caminho da organização no movimento indígena no território Arariboia.”

Assista ao Entre Vistas a partir das 22h

Sua história como ativista é longa, tendo recebido diversos prêmios e honrarias em função de sua atuação. “Tem voz no Conselho de Direitos Humanos da ONU e já levou denúncias às Conferências Mundiais Climáticas (COP) de 2008 a 2017, além do Parlamento Europeu, entre outros órgãos internacionais”, afirma sua biografia, que ainda cita o Prêmio Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, entregue pela então presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2015.

Sonia é filiada ao Psol desde 2011, membro do Setorial Ecossocialista, uma de suas bases ideológicas. Sua plataforma é indígena, anticapitalista e ecossocialista. “Construímos uma aliança que veio de um processo longo de exclusão, extermínio, omissão. Vem também de um modelo econômico altamente depredador. Um modelo perverso e brutalmente agressivo a todos os povos e ao meio ambiente. Não podemos permitir”, disse durante o lançamento de sua candidatura em março do ano passado.

 

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