Crime ambiental

Ativistas protestam diante da Vale no Rio e em São Paulo

Grupo de ativistas manifestou-se nessa segunda (28) em São Paulo para cobrar reparação da empresa mineradora. Na capital fluminense, manifestantes jogaram lama nas escadarias da sede

Tomaz Silva/EBC

Ato no Rio (foto) encenou os impactos da tragédia ocasionada pelo rompimento da barragem em Brumadinho

São Paulo – Ativistas do movimento ambiental promoveram um ato nessa segunda-feira (28) em frente à sede da Vale, na zona sul da cidade de São Paulo. O grupo de ativistas busca pressionar os dirigentes da mineradora para que tomem medidas destinadas a atenuar os impactos ocasionados pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).

Entre as reivindicações, os manifestantes destacam o congelamento de todos os bens da direção da Vale para garantir as indenizações aos familiares das vítimas e aos municípios atingidos, um plano emergencial por parte do estado para minimizar os prejuízos e o fim da flexibilização da legislação ambiental. 

“O que a gente já viu em Mariana é que tocar uma parte só ‘bolso’ da empresa, não funciona. Acho que mais pega neles é o dinheiro e bloqueando os bens pessoais que eles construíram na base do patrimônio privado, que por sua vez foi feito às custas da população de Minas Gerais ou de outras”, afirma o responsável pela manifestação, Carlos de Nicola, do grupo Ecoativistas, à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual. 

Houve protesto também no Rio de Janeiro, onde cerca de 100 pessoas se reuniram em frente ao edifício que abriga a Vale, no bairro de Botafogo, na zona sul carioca. Segundo reportagem da EBC, os manifestantes jogaram lama em frente ao prédio, acenderam velas e levantaram cartazes pedindo a responsabilização criminal da empresa mineradora.