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Encontro na Catedral da Sé reúne religiões pelos direitos humanos

Sem limitar-se a temas como religião, crença, cor ou raça, líderes religiosos pediram justiça, paz e respeito ao próximo

REPRODUÇÃO/TVT

No altar da Catedral da Sé, em São Paulo, líderes de diversas religiões marcaram presença e discursaram

São Paulo – Líderes religiosos de diferentes crenças se reuniram, nesta segunda-feira (10), para um ato conjunto na Catedral da Sé em celebração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, elaborada pela ONU, em 1948. O evento foi organizado pela Frente Inter-Religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz, da qual participam uma rede de organizações e coletivos.

“É um chamamento (pelo respeito ao próximo) para todas as religiões e esse confronto entre as trevas e a luz se dá em cada religião. O púlpito de cada comunidade religiosa é um lugar para se levantar a ideia da defesa dos direitos humanos, da justiça e da paz”, afirma Sérgio Storch, fundador da rede Judeus Brasileiros Progressistas e integrante da frente.

O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, abriu a celebração dos 70 anos da Declaração. No altar, líderes de diversas crenças marcaram presença e discursaram. O islâmico Mohamad Al Bukai pediu o fim da guerra e a paz mundial. “Vamos trabalhar junto para que os direitos humanos virem cada vez mais uma realidade, não só apenas um documento”, disse ao repórter Leandro Chaves, da TVT.

O candomblé lembrou todas as mães que tiveram os filhos vítimas do genocídio da juventude negra e periférica. “Apelo para que não seja mais necessário consolar as mães daqueles meninos jovens e negros que são mortos todos os dias”, discursou Iyá Adriana de Nanã.

A Declaração tem 30 artigos que compõem a base de todas as leis contemporâneas que defendem os direitos essenciais de todo o ser humano, como o direito à vida, à integridade física, à livre expressão e à associação. 

Logo após o ato inter-religioso, artistas se reuniram nas escadarias da Catedral da Sé e leram em jogral artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Ninguém será torturado ou maltratado com crueldade”, lembraram. 

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT:

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