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Comissão da Assembleia do Rio homenageia Marielle com Medalha Tiradentes

Solenidade foi realizada na segunda-feira (10), em celebração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

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Antônio Francisco, pai de Marielle, recebeu a Medalha Tiradentes em nome da filha, ao lado da viúva Mônica Benício

São Paulo –  A vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada em 14 de março – junto com Anderson Gomes, que dirigia o carro em que ambors foram emboscados –, foi homenageada, nesta segunda-feira (10), pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com a Medalha Tiradentes e o Diploma Post-Mortem.

O evento foi realizado em celebração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Essa é mais uma homenagem das muitas que temos recebido. Isso prova que a atuação de Marielle foi muito marcante e contundente em defesa dos Direitos Humanos”, disse o pai de Marielle, Antônio Francisco da Silva, que recebeu a medalha em nome da filha. 

A homenagem foi proposta pelo deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, com quem Marielle trabalhou durante 10 anos antes de entrar definitivamente para a vida política. Emocionado, Freixo disses que queria dividir o momento com a amiga. “Ela ajudou isso a construir isso com a gente. A violência política do Rio de Janeiro não permitiu que tivéssemos ela, em forma de corpo, aqui, com nós. Ela sempre estará presente em forma de memória, carinho, amor e tudo que ela representou”, disse.

O evento também mostrou a necessidade da luta pela garantia dos Direitos Humanos. A comissão da Alerj é responsável por atender vítimas de violações de direitos, registrando os casos e orientando as vítimas a procurarem o poder público, que oferece assistência jurídica e psicológica. Em dez anos, foram mais de 6 mil atendimentos. 

Bruna da Silva, mãe do menino Marcus Vinícius, atingido pelas costas em operação policial na Maré, foi uma das famílias atendidas pela Comissão. “Aqui é um lugar onde se pode falar sobre nossos filhos, nossos corpos tombados na comunidade. Só o fato dessa Casa estar abrindo a porta para a gente já é um grande passo na nossa luta”, afirma.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT:

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