'nova era'

Pastora Damares no Ministério da Mulher é ‘retirada de direitos’

Socióloga, pedagoga e ativista, Adriana Mota avalia retrocessos na luta pelos direitos feministas que o governo de Jair Bolsonaro ameaça promover

Valter Campanato EBC

Análise de Adriana pondera os desafios para o próximo ano da ação “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”

São Paulo – Encerra-se nesta segunda-feira (10) a campanha mundial “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” que, ao longo desse período, levantou a reflexão sobre o enfrentamento dessa realidade marcada pela brutalidade. Para o próximo ano, a socióloga, pedagoga e integrante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB-Rio) Adriana Mota antecipa a preocupação com a possibilidade de retrocessos diante da nomeação da advogada e pastora Damares Alves para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

“Acho que trazer essa ministra para cuidar das políticas para as mulheres é algo muito preocupante. A gente precisa que o Estado seja laico”, destaca Adriana em entrevista à repórter Anna Carla Ferreira, do Seu Jornal, da TVT, sua preocupação, que tem como base as declarações da futura ministra que atribui como o “melhor lugar” à mulher o de ser mãe, se diz contra o aborto e rejeita que o tema seja encarado como uma questão de saúde pública.

“Isso tudo reflete um momento muito ruim da política, um momento de retirada de direitos, de ameaça da democracia e um momento em que a gente verá que principalmente os direitos sexuais reprodutivos das mulheres serão dizimados”, avalia a ativista.

Assista à reportagem do Seu Jornal

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