Pós-eleição

Vereadores e entidades debatem casos de violência política na cidade de SP

Reunião articulada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal busca abrir canal de denúncias e oferecer atendimento às vítimas da intolerância

Luiz França CMSP/Reprodução

De acordo com a plataforma digital Mapa da Violência Política, capital paulista está perto de 100 casos de violência

São Paulo – A Comissão de Defesa de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Vereadores de São Paulo criou um grupo de trabalho para acompanhar os casos de violência de viés político, registrados durante e após o processo eleitoral, na capital paulista. Além de membros do Legislativo municipal, a primeira reunião, realizada na quinta-feira (1º), contou também com a presença de representantes da Defensoria Pública, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe) e da plataforma Mapa da Violência Política.

Os casos de violência motivados por questões políticas em todo o Brasil já somam, segundo a plataforma digital, cerca de 1.000 notificações sendo que, na cidade de São Paulo, os registros aproximam-se de 100 casos. O vereador Eduardo Suplicy (PT), presidente da comissão, explicou à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual, que o objetivo das entidades é acolher as informações de violência e intolerância e viabilizar atendimentos psicológicos e jurídicos às vítimas.

Suplicy destaca ainda ver com preocupação as falas dos governadores eleitos, João Dória (PSDB), em São Paulo, e Wilson Witzel (PSC), no Rio de Janeiro, em que ambos autorizam a ostensividade das polícias em seus estados. “Tanto lá quanto cá, os governadores parecem que agora estarão autorizando a matança de pessoas. De repente, quantos pessoas acabarão sendo mortas sem que efetivamente sejam responsáveis por atos criminosos?”, questiona o vereador.