Dados da Unesco

Crianças e jovens refugiados em idade escolar preocupam ONU

Apesar do aumento de 26% de vítimas nesta faixa de idade, relatório da Unesco expõe também crescimento da evasão escolar entre imigrantes quando comparados com alunos nativos

Arquivo EBC

De um total de quase 69 milhões de refugiados, segundo a Acnur, 52% dos deslocados são menores de 18 anos

São Paulo – O Relatório de Monitoramento Global da Educação 2019 da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), divulgado nesta quarta-feira (21), concluiu que desde o ano 2000, houve um aumento de 26% no número de crianças migrantes e refugiadas em idade escolar em todo o mundo, o significaria meio milhão de salas de aula preenchidas, não fosse a evasão escolar.

Sob o tema “Migração, Deslocamento e Educação: Construir Pontes, não Muros”, o relatório aponta que, em 2017, na União Europeia, quase o dobro de jovens nascidos no exterior (19%) deixaram o sistema educacional mais cedo quando comparados com os nativos (10%), apesar do aumento na proporção dos estudantes deslocados em países de alta renda, que passou de 15% para 18% entre 2005 e 2017.

À repórter Beatriz Drague Ramos, da Rádio Brasil Atual, a coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Rebeca Otero, afirmou que o potencial dos migrantes precisa ser melhor aprovado. Hoje, cerca de 52% dos que se deslocam à força no mundo são menores de 18 anos, de um total de quase 69 milhões de pessoas. “O relatório também aponta que as pessoas mais bem informadas e com mais escolaridade têm maior capacidade de migrar. Então é importante entender o grau de desenvolvimento desse imigrante e aproveitar esse potencial que veio para outro país”, analisa Rebeca. 

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