Olhar internacional

Comissão de Direitos Humanos conhece a realidade dos moradores de rua em SP

Depois de 25 anos, órgão da OEA está no país para ver de perto as mais diversas violações de direitos existentes. Trabalho continua em oito estados até o próximo dia 12

Reprodução/TVT

De acordo com o último censo, cerca de 20 mil pessoas vivem em situação de rua na cidade de São Paulo

São Paulo – Membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) continuaram, nessa quinta-feira (8), o giro que está sendo feito pelo Brasil para observar as mais diversas violações de direitos existentes no país. Na capital paulista, os representantes da CIDH se reuniram com pessoas em situação de rua para ouvir seus relatos e conhecer o problema que aflige cerca de 20 mil pessoas na cidade. 

“Todas as pessoas que são defendidas e todas as pessoas que são ativistas em direitos humanos, a partir de agora, no Brasil, estão em alto risco e na alça de mira do Estado”, avaliou o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, conhecido pelo trabalho que realiza há décadas em São Paulo junto a população em situação de rua.

“Estamos vivendo um momento muito significativo. Estamos muito preocupados, a gente não sabe como isso vai refletir para quem vive em situação de rua. Então, a presença deles aqui hoje, nesse momento de transição de governo, é muito importante”, ponderou Darcy da Silva Costa, do Movimento Nacional da População de Rua.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos não vinha ao Brasil desde 1995. Até o próximo dia 12, seus representantes percorrerão oito estados do país. Ao final da visita será elaborado um relatório sobre as condições encontradas, documento que posteriormente será enviado ao governo federal. 

“Recebemos hoje, de maneira muito impactante, a forma como milhares de pessoas estão vivendo nessa situação, sem o básico para viver com dignidade. As pessoas não querem viver na rua, precisam de uma casa. Por isso o tema da luta pelo direito à moradia. Quando a pessoa tem uma casa, se consolidam os demais direitos”, afirmou Esmeralda Arosemena, vice-presidente da CIDH. 

Assista a reportagem da TVT na íntegra:

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