Resistência rural

Agricultores de acampamento do MST no Ceará evitam reintegração de posse

Acampamento Zé Maria do Tomé, no município de Limoeiro do Norte (CE), havia sido ameaçado na semana passada de despejo. Cerca de 150 famílias vivem na área

MST Divulgação

Segundo Pedro Neto, movimento tentará, junto com governo do estado, suspender decisão de juiz federal

São Paulo – Cerca de 150 famílias do acampamento Zé Maria do Tomé, na Chapada do Apodi, localizado no município de Limoeiro do Norte, no Ceará (CE), conseguiram impedir o cumprimento de uma reintegração de posse marcada para esta quarta-feira (21). Apesar do cerco policial montado para bloquear o acesso ao acampamento, os agricultores negociaram a suspensão, pelo dia de hoje, junto ao Batalhão da Polícia Militar que se retirou do local sem conflitos.

De acordo o membro da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Pedro Neto, o diálogo contou também com a mediação do secretário adjunto do Desenvolvimento Agrário, Wilson Brandão, e com apoio de entidades pastorais e estudantes que, segundo Neto, tentarão com o governo estadual suspender a decisão decretada por um juiz da esfera federal sobre o acampamento, que está dentro de uma área pertencente à União. 

O clima ainda é de incerteza e receio entre as famílias que, em 2014, já haviam sido ameaçadas de despejo e conseguiram no mesmo ano deter a desapropriação. No entanto, os trabalhadores voltaram a ser notificados na semana passada com um novo mandado de despejo. A região, segundo o MST, atende a um forte interesse do agronegócio. 

Para resistir à ação, os moradores fizeram também um ato político, logo pela manhã, em defesa da permanência do acampamento.

Assista à matéria da TVT

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