São Paulo – O curso e treinamento com a brigada de incêndio feitos por moradores da Ocupação Prestes Maia, localizada na região central da cidade de São Paulo, e a organização da brigada e de voluntários, evitaram que o incêndio que atingiu dois andares do prédio nessa quarta-feira (21) se tornasse outra tragédia semelhante à da ocupação do Edifício Wilton Paes de Almeida, que matou sete pessoas em maio deste ano.

No entanto, apesar do incidente não ter ferido nenhum morador e provocado o desabamento da estrutura, cerca de 90 famílias da ocupação perderam tudo e contam agora com a solidariedade dos demais moradores. “Nós vamos ficar aqui, porque nossa casa é aqui”, afirma a moradora Gracielle Freitas ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, sobre as 280 famílias que preferiram permanecer no bloco do prédio que não foi atingido pelo fogo. 

A ocupação Prestes Maia é uma das maiores ocupações da cidade e é organizada pelo Movimento de Moradia na Luta por Justiça (MMLJ), que conseguiu com que o local entrasse para o projeto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida Entidades.

Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) afirmou que forneceu colchões e cobertores para os moradores, e a prefeitura destacou que o edifício recebeu a visita técnica da Defesa Civil e que, após a vistoria, o bloco atingido pelo fogo foi parcialmente interditado pelos engenheiros.

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