Ações de combate

Medida contra crescimento das fake news é democratizar a mídia

Eleições deixam claro, segundo especialistas, a produção de discursos únicos e seletivos pelo oligopólio da mídia, que deveria proteger a sociedade de mentiras e do autoritarismo

TVT/Reprodução

“Quanto mais forte for o nosso sistema de comunicação, mais forte nossa democracia”, afirma Miguel Stédile sobre combate às fake news

São Paulo – Para o integrante da direção nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Miguel Stédile, as denúncias envolvendo empresários na campanha do candidato de extrema direta Jair Bolsonaro (PSL) na disseminação de fake news sobre seu adversário Fernando Haddad (PT), revelam a urgência da democratização da mídia. “Quanto mais forte for o nosso sistema de comunicação, mais forte nossa democracia para proteger a sociedade desse tipo de ataque autoritário ou mentiroso”, avalia.

Morador de Veranópolis, município do Rio Grande do Sul (RS), com menos de 25 mil habitantes, segundo o censo do IBGE, Stédile afirma que, apesar do escândalo do Caixa 2 de Bolsonaro e a repercussão em jornais impressos e onlines, as denúncias ainda são desconhecidas pela população local que se informa, principalmente, pelas rádios e TVs abertas. “Democracia é um sistema de participação e participa quem tem informação, se você sabe do que você está tomando aquela decisão. Se você não sabe, você não participa”, critica o integrante do MST.

À repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, da TVT, a coordenadora executiva do Coletivo Intervozes e secretária geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Ana Cláudia Mielke, acrescentou às críticas do discurso único e da falta de pluralidade dos veículos midiáticos, comentando as denúncias feitas pelos coletivos ao Ministério Público Eleitoral (MPE) contra as emissoras Record e Bandeirantes pelas campanhas em favorecimento de Bolsonaro. “É absurdamente antirrepublicano e antidemocrático”, observa Ana Cláudia.

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