Interior de São Paulo

Em Campinas, estudantes são detidos em ato de apoio a Haddad

Estudantes denunciam que um dos policiais que participaram da ação anti-democrática deu 'graças a Deus' pela volta da ditadura e da repressão ao país

TVT/Reprodução

“Isso é a expressão de toda essa política que semeia o ódio e desse desrespeito das autoridades com a população”, afirmou a estudante

São Paulo – Dois estudantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), João Pedro Buzallski e Marcela Carbonne, foram impedidos e presos, nesta terça-feira (16), pela Guarda Municipal de Campinas, no interior de São Paulo, por panfletar a favor do candidato a presidente Fernando Haddad (PT). Segundo os policiais, os estudantes estavam distribuindo material de campanha dentro de um estabelecimento público, mas, mesmo após alegarem que estavam em uma calçada, foram encaminhados para prestar depoimentos à Polícia Federal.

De acordo com o relato dos estudantes, a voz de prisão foi dada após terem questionado a informação de que o local em que estavam, o terminal central de ônibus da região, era público e, em reação à abordagem, afirmaram que “parecia a ditadura”, quando um dos policias respondeu dando “graças a Deus” pela volta do regime de repressão política ao país.

“Isso é a expressão de toda essa campanha que semeia o ódio e desse desrespeito das autoridades com a população”, afirmou Marcela ao site Esquerda Diário. O episódio soma-se aos atos de violência contra eleitores e militantes da esquerda intensificados neste processo eleitoral. Ainda na terça (16), uma travesti foi assassinada a facadas no Largo do Arouche, centro de São Paulo. Segundo relatos, foram ouvidos gritos de “Bolsonaro” durante o ataque a vítima.

Para a presidenta do Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo (SinPsi), Fernanda Magano, a violência e o ódio são sinais reais da volta a um estado primitivo de barbárie. “A base do preconceito vem de uma lógica de irracionalidade”, afirma Fernanda em entrevista à repórter Beatriz Drague Ramos, da Rádio Brasil Atual.

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