São Paulo – A trajetória do capoeirista na cultura afrobaiana Mestre Moa do Katendê foi recontada em documentário lançado nesta terça-feira (23), em Salvador, capital da Bahia. Intitulado “Mestre Moa do Katendê – A primeira vítima”, o filme traz o legado dessa expressão cultural deixada pelo professor e também denuncia seu assassinato – a facadas, por um eleitor do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) – , no dia 8 de outubro, após declarar apoio a Fernando Haddad (PT).

O documentário, concluído em 14 dias com apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto no Estado da Bahia (Sindae), reúne cerca de 30 entrevistas e imagens de atos em memória do Mestre Moa, segundo informação do portal de notícias G1. Ao colaborador do Seu Jornal, da TVT, Edmilson Barbosa, o produtor Paulo Magalhães acrescentou que o filme é reflexo do compromisso do movimento.

“É muito importante tomar a defesa dos mestres de capoeira e tomar a defesa do nosso futuro”, afirma Magalhães. Na exibição, marcada pela apresentação de rodadas de capoeiras, Mestre Duda, integrante do Conselho Gestor de Salvaguarda da Capoeira, advertiu o aumento no número de casos de violência em decorrência dos discursos extremistas. “Essa (morte do Mestre Moa) foi a primeira, mas a gente sabe que se esse discurso de ódio e projeto de governo se vingar, teremos outras”, avalia.

Nesta quinta-feira (25), o filme será reexibido às 19h, no auditório do Sindae-BA, localizado na Rua General Labatut, 65, no bairro Barris. 

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