Truculência

Ato de resistência pela democracia termina com violência policial em São Paulo

Ato convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo foi pacífico em todo o trajeto, mas terminou com bombas contra manifestantes na dispersão

Mídia Ninja/Reprodução

Protesto reivindica o direito á liberdade de expressão e cobrava pela manutenção dos valores democráticos

São Paulo – O primeiro ato de resistência contra a ameaça de ruptura democrática representada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) terminou, nessa terça-feira (30), com agressões policias contra os manifestantes. O ato, que começou por volta das 18h na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo, foi pacífico durante todo o trajeto até a Praça Rooselvelt, onde terminou, mas, na dispersão, por volta das 22h, grupos que estavam no local foram alvo de bombas de efeito moral lançadas pela polícia.

De acordo com a reportagem da Ponte, a ação policial teve início após os guardas informarem a um grupo de cerca de 150 pessoas, que continuavam diante da Praça Rooselvelt, que era preciso abrir passagem para os carros na Rua da Consolação. No entanto, em meio à discussão com os manifestantes, uma garrafa foi jogada contra o escudo de um dos policiais, que reagiram com bombas contra os jovens.

Durante a ação, dois manifestantes foram detidos pela polícia. Apesar da forma como terminou, o ato também foi marcado pela união e a resistência democrática às ameaças de Bolsonaro. Ao Brasil de Fato, a coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Natália Szermeta, afirmou que o respeito aos resultados também será mostrado pela mobilização nas ruas contra as medidas que possam prejudicar a população. 

“A nossa resistência nas ruas é uma resistência democrática para dizer que Bolsonaro ganhou as eleições, mas não acabou o jogo. O Brasil é um país de pluralidade. Não é porque ele ganhou as eleições que nós deixaremos de emitir as críticas e nossos posicionamentos”, afirmou. 

Convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os atos pós-eleitorais também ocorreram em capitais como Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza.

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