rio de janeiro

Manifestantes sofrem repressão de Guarda Municipal na Quinta da Boa Vista

Grupo composto por estudantes tentava realizar um ato de luto dentro da área do Museu Nacional

Jose lucena/Futura Press/Folhapress

Manifestantes tentaram passar pelo portão, trancado pela guarda, que retrucaram com cassetes e spray de pimenta

São Paulo – Manifestantes realizaram nesta segunda-feira (3) protesto na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro, após o incêndio que destruiu o prédio do Museu Nacional. O ato terminou com repressão da Guarda Civil.

O grupo era composto por estudantes, a maioria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O principal alvo das crítica é a Emenda Constitucional (EC) 95, do governo Temer, que introduz o teto de gastos por 20 anos, reduzindo os recursos para os setores de ciência e educação, entre outras.

Os manifestantes tentaram passar pelo portão, trancado pela guarda. Os guardas lançaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Em entrevista ao jornal Extra, a estudante Sarah Satheer se queixou da truculência. “É uma violência contra a gente. Quem está lá fora é estudante, gente que trabalha e tem pesquisa no museu. A gente só queria fazer um ato de luto, se abraçar, se solidarizar uns com os outros”, disse.

Outro ato está previsto esta tarde. Entidades estudantis convocaram a manifestação para as 16h, na Cinelândia, centro da capital fluminense. O evento chamado “Luto pelo Museu Nacional! Em defesa da universidade pública!”, lembra que é o terceiro incêndio ocorrido na UFRJ.

“O dano sofrido pelo museu, além de ser uma perda para pesquisa e ciência do Brasil e do mundo, é uma perda pra educação pública. Em 2013, o valor investido no museu era de R$ 531 mil, frente a R$ 54 mil em 2018, e ainda temos que aguentar o pacote golpista que sucateia nossas universidades e congela os investimentos em educação por 20 anos”, criticam.

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