Memória

Exposição sobre Dom Paulo termina neste domingo em São Paulo

Mais de 10 mil pessoas já passaram pelo local, que recebe debate sobre a Democracia Corintiana no sábado e o Coro Luther King no encerramento

Reprodução

Exposição reúne imagens da trajetória pessoal, religiosa e política do cardeal, além de promover debates

 São Paulo – Termina neste domingo (23), em São Paulo, a Exposição Dom Paulo Evaristo Arns: 95 anos. Instalado no Centro Cultural dos Correios, no Vale do Anhangabaú, região central da cidade, o evento estará aberto das 11h às 17h, com entrada gratuita. Segundo os organizadores, até agora mais de 10 mil pessoas passaram pelo local. No último dia, haverá uma cerimônia com apresentação do Coro Luther King, às 16h.

Além da exposição em si, foram organizadas várias rodas de conversa, com temas como educação popular, “reformas” trabalhista e da Previdência, direitos humanos – e, como não poderia de ser, a chamada Democracia Corintiana, com debate neste sábado (22), ao meio-dia, com a presença de Juca Kfouri, Chico Malfitani, os ex-jogadores Basília, Vladimir e Zé Maria e Kátia Bagnarelli, autora do livro Sócrates Eterno e viúva do ex-atleta, que morreu em 2011. O cardeal-arcebispo emérito de São Paulo era fervoroso torcedor do alvinegro paulistano, que tem uma área reservada no evento.

Com seis eixos temáticos, a mostra ocupa 1.200 metros quadrados. Ali está montada, por exemplo, uma reprodução de aproximadamente 400 metros quadrados da Catedral e da Praça da Sé. São lembrados diversos episódios históricos, como as missas de 1º de Maio e em memória do estudante Alexandre Vannuchi Leme, dos metalúrgicos Manoel Fiel Filho e Santo Dias e do jornalista Vladimir Herzog, todos assassinados pela ditadura.

Outro espaço remete à vala clandestina encontrada em 1990 no Cemitério Dom Bosco, em Perus. E em uma área destinada a lembrar o Deops, unidade da repressão, é encenada a peça Lembrar é Resistir, dirigida pelo ex-preso político Izaías Almada. Em um vídeo, os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos são lidos por pessoas de diferentes origens. A exposição tem ainda diversas imagens que mostram a trajetória pessoal, religiosa e política de Dom Paulo, que morreu em 14 de dezembro de 2016, aos 95 anos.

 

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