História

‘Essa é a cara do Brasil’, diz Jandira Feghali em ato por Museu Nacional

Parlamentar lembra a Emenda Constitucional 95, que congela gastos e investimentos do Estado em saúde, educação, cultura e ciência, e 'impõe perdas orçamentárias em todas as áreas estratégicas'

Tomaz Silva/Agência Brasil

Com acervo de 20 milhões de itens destruídos, museu tem 200 anos e era considerado patrimônio mundial

São Paulo – Em postagens no Facebook, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) manifestou solidariedade aos profissionais que trabalhavam no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído por um incêndio na noite de ontem (2). Ela também saiu em defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff, acusada de ter reduzido as verbas dirigidas à instituição.

“Como já apareceu parte da esquerda atacando o PT por causa do incêndio, duas informações para registro: a queda no orçamento do museu em 2015, durante o governo Dilma, aconteceu por causa do boicote orquestrado por Aécio (Neves) e Eduardo Cunha para bloquear a votação do orçamento e aprovar as pautas bombas”, escreveu. “Nos demais anos, o orçamento dos museus nos governos do PT aumentou exponencialmente.”

No cenário da tragédia que atingiu a cultura e a ciência nacionais, por vídeo, a deputada relata que as pessoas estão “abraçadas, chocadas” com o que aconteceu. “Mas é doloroso de ver mesmo, porque é a história do Brasil.”

Segundo ela, a situação “é a expressão da tragédia do Brasil de hoje, porque essa é a cara do Brasil, que se destrói por falta de verbas, de amor ao país, por uma gestão inculta que não conhece o Brasil e destrói a sua história, a educação, a cultura, a ciência, a vida. Que destrói tudo”.

Em novo vídeo, em ato na Cinelândia, região central do Rio, com discurso emocionado, Jandira declarou: “Nós precisamos saber como é que vamos para a urna. Nós precisamos libertar Luiz Inácio Lula da Silva. Precisamos devolver às mulheres, à juventude, às trabalhadoras e trabalhadores a esperança. Eu espero que o incêndio deste museu dê um alerta ao povo brasileiro que nós precisamos superar a tragédia”.

Ela lembrou a Emenda Constitucional 95, que congela gastos e investimentos do Estado, “impõe perdas orçamentárias em todas as áreas estratégicas e faz com que um museu deste porte chegue a este ponto, por falta d´água inclusive para garantir apagar o incêndio”. Segundo relatos de funcionários, não havia como os bombeiros agirem com rapidez por falta de estrutura e acesso à água.

“A gente não vê aqui prefeitura, não vê governador, não vê ninguém do governo federal. Porque são pessoas que não têm nem sequer coragem de pisar aqui, porque sabem que não serão bem recebidos. Mas a obrigação era estarem aqui”, afirmou a deputada.

 

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