No Rio

A três meses do fim da intervenção, letalidade policial cresce em todas as regiões

Dados do Observatório da Intervenção e da ONG Fogo Cruzado reiteram o baixo desempenho das operações militares no estado. Casos de chacina mais que dobraram: já são 152 mortes no ano, ante 63 em 2017

Fernando Frazão EBC/Reprodução

Pesquisadora da ONG Fogo Cruzado Maria Izabel Couto afirma que sensação de insegurança ainda é presente

São Paulo – Em novo relatório sobre o resultado da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, o Observatório da Intervenção e a ONG Fogo Cruzado confirmaram novamente que as metas estabelecidas estão muito aquém do esperado pela população. Em sete meses de operações, houve uma redução de apenas 1,6% de mortes violentas no estado fluminense e, de acordo com os pesquisadores, a sensação de insegurança permanece.

Levantamento publicado no dia 16 traz ainda a preocupação com a expansão de mortes decorrentes de ação policial que corresponde a 48%, verificado em todas as regiões, mas principalmente na Costa Verde, Grande Niterói e no interior, e vem preocupando as entidades por sugerir a violência no comportamento dos agentes. Na comparação com 2017, registra-se um aumento também no número de chacinas. Desde o início deste ano já foram contabilizadas 37, com 156 mortes, ante 17 chacinas com 63 mortes.

Na capital fluminense, apesar de uma pequena redução no número de homicídios dolosos, roubos de rua e de veículos, a pesquisadora da ONG Fogo Cruzado Maria Izabel Couto aponta que não há alteração na baixa percepção de segurança. Isso se deve em grande parte aos tiroteios, que registraram aumento de 62% nos últimos setes meses, comparando-se com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Fogo Cruzado. “O que isso mostra para gente é que a população simplesmente continua sem segurança para ir, vir e circular”, afirma Maria Izabel.

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