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Moradores da periferia de São Bernardo denunciam violência da GCM

Equipes da Guarda Civil cumprem ordens do prefeito Orlando Morando (PSDB) despejando residentes do bairro Pós-Balsa à noite e sem mandado judicial

TVT/Reprodução

Registro da demolição de um imóvel na região. Para o Condepe, ações da prefeitura de São Bernardo violam direitos humanos

São Paulo – Moradores do bairro Pós-Balsa, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, denunciaram ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe) que estão sendo alvo de ações truculentas da Guarda Civil Metropolitana (GCM), ao cumprir uma ordem do prefeito Orlando Morando (PSDB) de  demolir moradias na região. A entidade condenou as operações como uma violação aos direitos humanos e pede o fim do processo de retirada das famílias.  

De acordo com os relatos dos moradores ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, há cerca de um mês Morando autorizou administrativamente que as residências fossem demolidas e desde então, equipes da GCM acompanhadas por caminhões da prefeitura estão indo até a região, à noite, sem nenhum mandado judicial e retirando à força as famílias de dentro de suas casas e, em seguida, demolindo as construções.

Após se reunir com moradores, a presidenta do Condepe, Maria Nazareth Cupertino, afirmou que as ações denunciadas condenou com veemência o tratamento dado aos moradores da comunidade. “São demolições completamente fora das legislações e que violam direitos humanos. Eles vão à noite, quando as pessoas não conseguem se organizar, vão aos finais de semana, quando os serviços de proteção não estão abertos para fazer a acolhida dessas pessoas e usam muita violência, principalmente a GCM.”

O Conselho Tutelar da cidade também alinhou-se aos residentes e está monitorando as ações da prefeitura, uma vez que crianças e adolescentes são as mais afetadas pela ação truculenta da prefeitura. Para frear o processo, o Condepe está articulando uma audiência pública para reunir a população, o Ministério Público, o conselho da cidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Defensoria Pública. A expectativa é que seja criado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para pedir o fim das demolições.

Ouça a íntegra da reportagem: 

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