Violência no campo

Incêndio criminoso atinge assentamento do MST no Paraná

Pelo menos 30 hectares de área plantada já foram destruídos. De acordo com o movimento, esse é o segundo ano consecutivo em que as famílias sofrem ataques

Coletivo de Comunicação do MST/Reprodução

Produção de leite, iogurte, açúcar mascavo e melados orgânicos foi comprometida: 25 famílias vivem no local há 25 anos

São Paulo – Integrantes do assentamento Santa Maria, no Paraná, denunciaram nesta quarta-feira (1º) incêndio criminoso que aconteceu no domingo (29) e destruiu pelo menos 30 hectares de área de preservação permanente, atingindo plantação de cana, pastagem, árvores e a horta orgânica. Os assentados cobram das autoridades a investigação do crime e a punição dos responsáveis.

No local, vivem 25 famílias que produzem leite, iogurte, açúcar mascavo e melados orgânicos. Segundo os relatos feitos ao portal do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a vegetação seca ajudou o fogo a se alastrar rapidamente e alcançar a área plantada. No mês de julho, os produtores comemoravam 25 anos da conquista do assentamento.

Este é o segundo ano consecutivo em que o assentamento sofre com incêndios criminosos. No ano passado, a reserva legal foi atacada com pontos de incêndios iniciados em diversos locais diferentes e de forma simultânea. Em repúdio à violência, as famílias registraram um boletim de ocorrência. Até o momento, a polícia não encontrou os responsáveis. 

Na última semana, outra área de reforma agrária do MST, o acampamento Hugo Chávez, foi atacado e ameaçado por pistoleiros. Nesta quarta, as famílias que ocupam a fazenda Santa Tereza, em Marabá, no Pará, foram às ruas denunciar os fazendeiros Rafael e Osvaldo Saldanha, acusados de comandar os ataques. Os manifestantes também pediram a abertura de um processo contra policiais da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) que, segundo as famílias, estariam envolvidos.

* Com informações do MST

 

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